Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Camisa com proteção UV funciona mesmo? Veja o que dizem os especialistas

Saiba quando e como utilizá-la e aprenda a diferenciar as verdadeiras das falsificadas.


Com a chegada do verão, campanha 'Dezembro Laranja' alerta sobre riscos da exposição solar

Com a chegada do verão, campanha 'Dezembro Laranja' alerta sobre riscos da exposição solar. Crédito: UV Line/Divulgação

Na praia ou na piscina, você é do time com ou sem camisa? Não estamos falando de futebol, mas das camisas com proteção UV. Elas costumam estar presentes em crianças e idosos, mas tem gente de todas as idades surfando nessa onda. Fora do lazer, até motoristas de aplicativo e motoboys estão adotando a peça como uniforme de trabalho. Mas será que são eficazes mesmo? Segundo os dermatologistas, não há dúvidas de que sim. Elas são importantes aliadas contra o envelhecimento precoce e até mesmo o câncer de pele, que provoca 185 mil novos casos por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O motoboy Roberto Dias, de 29 anos, passou a adotar a camisa especial em 2020, quando percebeu manchas vermelhas surgindo no corpo. Ele conta que a jornada de trabalho é das 8h às 17h, o que o deixa bastante exposto à incidência solar. “Eu procurei um dermatologista e ele disse que as manchas eram por conta do sol e me recomendou usar protetor solar e a camisa UV”, lembra. “Agora eu utilizo tanto para o trabalho quanto para os momentos de lazer”, acrescenta Roberto.

Roberto Dias Roberto Dias adota camisas UV desde 2020. Crédito: Arquivo Pessoal

Já o estudante Eduardo Faria, de 17 anos, abandonou as camisas com proteção UV quando completou 13 anos. “Eu usava sempre que ia para a praia ou piscina quando eu era pequeno porque minha tia comprava para ela e para mim. Mas aí eu fui crescendo e achando meio mico porque só via criança pequena ou adulto e idoso usando. Aí parei de usar e hoje só passo o protetor solar mesmo”, conta.

A dermatologista da clínica AMO Maria das Graças Leto diz que as camisas oferecem praticidade e segurança, mas alerta que o protetor solar não deve ser abandonado. “Não é preciso passar protetor na área que é coberta pelo tecido, mas não podemos esquecer do rosto, orelhas, pernas, pés, mãos e área de transição como pescoço e nuca”, coloca.

Como as camisas protegem?

A co-fundadora da marca UV Line Ana Julia Pellegrino explica que a tecnologia de proteção, que é o FPU, está presente nos tecidos das peças e consegue bloquear 98% dos raios UV. “A tecnologia é incorporada à fibra do tecido e não sai com as lavagens. Todos eles são submetidos a rigorosos testes e são certificados pela Arpansa, entidade Australiana que criou a norma para medir a proteção ultravioleta e que é referência mundial na mensuração do FPU”, afirma. Camisas eficazes precisam ter FPU superior a 30 e normalmente são encontradas no mercado a partir de 50.

O FPU é o Fator de Proteção Ultravioleta, que protege contra os raios ultravioletas dos tipos A e B, o que nem sempre acontece com o protetor solar convencional. A dermatologista da SBD Juliana Kida explica que esses raios podem provocar doenças como câncer de pele, além de manchas e envelhecimento precoce. “Temos como fator de risco muita exposição ao sol ao longo da vida, mas também as queimaduras solares. Ou seja, se você vai raramente à praia mas quando vai fica vermelho, despelando, com bolhas, você também está criando risco”, pontua. Segundo os especialistas, o horário de sol mais perigoso é das 10h às 15h.

Camisas UV costumam ter FPU acima de 50 Camisas UV costumam ter FPU acima de 50. Crédito: Divulgação/UV Line

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