Campanha salarial dos Têxteis mobiliza categoria! Amanhã será realizado ato na fábrica Santana Têxtil, município de Horizonte

[J. J. Torres]

Campanha salarial dos Têxteis mobiliza categoria

Foto: Acervo Sinditêxtil

Atividades em Fortaleza e Região Metropolitana reivindicam reajuste do piso salarial, redução da jornada de trabalho e proteção sociais aos trabalhadores e trabalhadoras da indústria têxtil. Amanhã ocorre ato na fábrica Santana Têxtil, às 12h30min.

 

 

Após quatro rodadas de negociações, a Campanha Salarial Dops Têxteis enfrenta impasse com os patrões. A resposta dos trabalhadores foi com muita mobilização da categoria. Amanhã será realizado ato na fábrica Santana Têxtil, município de Horizonte, às 12h30min. “Os trabalhadores estão participando ativamente das mobilizações. Se a intransigência do patronato em negociar continua, seguimos em estado de greve”, afirmou o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem do Ceará (Sinditêxtil), Francisco Antônio Moreira.

Os têxteis reivindicam reajuste do piso salarial do ajudante para R$ 628,32, do piso de operador qualificado para R$ 654,72 e para os que recebem acima do piso, aumento de 16%. Querem ainda discutir redução da jornada de trabalho e proteção salarial. No entanto, a proposta dos patrões só oferece piso de R$ 556,59 para ajudante, R$ 579 para operador qualificado e 6,3% de reajuste para os que recebem acima do piso. Os patrões também não avançaram na proposta de redução da jornada de trabalho, nem discutiram proteção salarial.

“A proposta de sindicato patronal é muito baixa, somente aumento de R$ 34 reais em relação ao salário mínimo. Eles não querem discutir questões como cesta básica, condições de trabalho”, informa o coordenador geral do Sinditêxtil, Raimundo Muniz. Também secretário pela Igualdade Racial da CUT-CE, ele acrescenta que está marcada reunião na Delegacia do Trabalho e que a mobilização com a categoria continua. Caso as negociações não avancem, uma assembleia será convocada para discutir uma paralisação dos trabalhadores.

 

 

 

FONTE: http://www.cutceara.org.br/noticias/2008_texto2.asp?id=6094&var...=