Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A água é um insumo de suma importância para todas as atividades humanas. Inclusive à fabricação de produtos de consumo. No caso do setor têxtil pode-se dizer que o chamado precioso líquido é vital. Nesse contexto, seria até óbvio que as fabricantes de tecidos desde sempre tivessem colocado os cuidados com o uso e a preservação do insumo no topo de suas prioridades. Mas não foi isso que aconteceu. Nem no Brasil, nem mesmo em outros tantos países.

Contudo, sempre existem exceções. Uma delas é a mineira Cedro, fundada em 1872, uma das mais antigas indústrias têxteis da América do Sul. Embora a legislação ambiental mais restritiva só tenha entrado em cena na década de 1990, a empresa vem apostando em sistemas destinados a equilibrar sua relação com o meio ambiente desde 1985. Não por acaso, até recentemente, a companhia era conhecida pelo nome de Cedro Cachoeira

“Começamos como as demais empresas, fazendo o mínimo exigido pela legislação”, afirma Márcio Alvarenga, gerente de Meio Ambiente da Cedro. “Mas percebemos que era preciso ir muito além.” Esse muito além incluiu a obtenção do ISO 14.001, uma certificação internacional importante, pois funciona não apenas como atestado de boas práticas de sustentabilidade, como também ajuda a abrir as portas de mercados seletivos, como os países da Europa. No entanto, nada vem de graça. Para atingir esse patamar, a empresa têxtil investiu pesado.

Nos últimos 10 anos foram aplicado R$ 13,5 milhões em modernos processos de tratamento de todos os seus efluentes. Tanto da água captada nos rios, quanto da que roda por dentro de sua fábrica. “Chegamos à conclusão que nossa lagoa de tratamento de água havia se transformado em uma latrina”, diz. “Jogávamos de tudo lá, sem nenhum critério.” A mudança veio com a decisão de melhorar a qualidade desse insumo para seu posterior reaproveitamento nas etapas de fabricação de tecidos, além de usos menos nobres como acionamento de descargas e lavagem das áreas externas.

O resultado, na ponta do lápis, é que a Cedro possui um dos melhores índices de consumo de água por quilo de tecido fabricado, da América do Sul. Passou de 115 litros, em 1995, para 70 litros,em 2002, em média. Hoje, suas quatro unidades produtivas consomem entre 32 e 45 litros por quilo, dependendo da atividade. Para se ter uma ideia da importância desse número, basta lembrar que a média do setor é calculada entre 70 e 90 litros por quilo de tecido produzido.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20150605/cedro-ag...

Exibições: 743

Responder esta

Respostas a este tópico

A cedro sempre na frente com o competente Márcio Álvarenga Parabéns.

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço