Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
Cedro registra prejuízo de R$ 10,4 milhões
A Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira S/A (Cedro Têxtil) teve um prejuízo líqüido de R$ 10,4 milhões em 2014, resultado bem inferior ao lucro de R$ 16,1 milhões apurado no exercício anterior. No entanto, o desempenho do ano passado foi amenizado pela estratégia de produzir produtos de maior valor agregado.
Basicamente, desde o fim de 2012, a companhia vem investindo na reversão de 30% da sua produção atrelada a produtos de maior valor agregado e 70% de mercadorias de menor valor para o oposto, índices já alcançados atualmente. Porém, isso exigiu uma série de investimentos em eficiência e qualidade, considerados despesas não-correntes, o que também colaborou para o resultado negativo do último ano.
Em linhas gerais, como explicou o presidente da empresa, Marco Antônio Branquinho Júnior, a Cedro produziu um volume menor em 2014 quando comparado ao de 2013, mas a produção de produtos de maior valor agregado foi maior, o que amorteceu, segundo ele, o resultado final do exercício, que poderia ter sido pior.
"2014 carregou o custo das mudanças pelas quais a Cedro passou, mas se tivéssemos passado o ano como estamos hoje, com as melhorias na produção e gestão que foram feitas, o resultado teria sido bem melhor", ressaltou Branquinho Júnior. Outro fator que, de acordo com ele, prejudicou as vendas foi a Copa do Mundo e as eleições. "Tivemos um ano com 12 meses de custos e 10 de faturamento", acrescentou.
Mesmo assim, em 2014, enquanto o faturamento de toda a cadeia têxtil e de confecção brasileira caiu 4,8% em relação ao de 2013, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a receita da Cedro somou R$ 681,2 milhões contra R$ 707 milhões, na mesma comparação, um queda menos acentuada, de 3,6%.
Investimentos - Os investimentos da Cedro, excluindo os feitos em compra de caminhões com créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), em 2014 somaram R$ 26,9 milhões, 2,9% a menos do que os R$ 27,7 milhões do ano anterior.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cedro em 2014 foi o menor pelo menos desde 2010, somando R$ 29,9 milhões contra R$ 54,4 milhões em 2013, redução de 45%. A empresa perdeu rentabilidade em seus produtos em 2014, mas, conforme o diretor administrativo-financeiro da empresa, Fábio Mascarenhas, já este ano deve alcançar patamar próximo da média histórica.
Sobre a estratégia de investir em produtos de maior valor agregado, o diretor explicou que a empresa saiu de um mercado onde a decisão de compra se baseava fundamentalmente no preço para um mercado onde o preço é apenas um componente, mas não é o único e nem o fator preponderante.
Com base nos resultados apurados até agora do primeiro trimestre deste ano, o diretor afirmou que "em termos de vendas, estamos em linha, um pouco abaixo, com as previsões, mas com margens e rentabilidade superiores". Para 2015, o presidente da companhia completou que, apesar da perda de confiança do empresário e dos investidores no país, a Cedro "vai encarar a crise de frente".
Câmbio - E um dos fatores que pode ajudar a alavancar os negócios da Cedro é o câmbio atual, com dólar valorizado frente ao real. Segundo Branquinho, isso pode estimular as exportações da empresa, que hoje tem apenas 2% de participação na receita e são feitas para a América Latina.
Mais do que estimular as exportações, Branquinho considera que o dólar forte pode desestimular as importações, especialmente da China, e abrir no mercado interno mais oportunidades de negócios para a companhia e toda a indústria têxtil e de confecções nacional.
A Cedro completa, em 2014, 143 anos de atividades. Além da sede na Capital, a empresa tem quatro fábricas no Estado - em Sete Lagoas e Caetanópolis, na região Central, e em Pirapora, no Norte de Minas. A companhia mantém um centro de distribuição de produtos têxteis em Contagem (RMBH).
Basicamente, desde o fim de 2012, a companhia vem investindo na reversão de 30% da sua produção atrelada a produtos de maior valor agregado e 70% de mercadorias de menor valor para o oposto, índices já alcançados atualmente. Porém, isso exigiu uma série de investimentos em eficiência e qualidade, considerados despesas não-correntes, o que também colaborou para o resultado negativo do último ano.
Em linhas gerais, como explicou o presidente da empresa, Marco Antônio Branquinho Júnior, a Cedro produziu um volume menor em 2014 quando comparado ao de 2013, mas a produção de produtos de maior valor agregado foi maior, o que amorteceu, segundo ele, o resultado final do exercício, que poderia ter sido pior.
"2014 carregou o custo das mudanças pelas quais a Cedro passou, mas se tivéssemos passado o ano como estamos hoje, com as melhorias na produção e gestão que foram feitas, o resultado teria sido bem melhor", ressaltou Branquinho Júnior. Outro fator que, de acordo com ele, prejudicou as vendas foi a Copa do Mundo e as eleições. "Tivemos um ano com 12 meses de custos e 10 de faturamento", acrescentou.
Mesmo assim, em 2014, enquanto o faturamento de toda a cadeia têxtil e de confecção brasileira caiu 4,8% em relação ao de 2013, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a receita da Cedro somou R$ 681,2 milhões contra R$ 707 milhões, na mesma comparação, um queda menos acentuada, de 3,6%.
Investimentos - Os investimentos da Cedro, excluindo os feitos em compra de caminhões com créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), em 2014 somaram R$ 26,9 milhões, 2,9% a menos do que os R$ 27,7 milhões do ano anterior.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cedro em 2014 foi o menor pelo menos desde 2010, somando R$ 29,9 milhões contra R$ 54,4 milhões em 2013, redução de 45%. A empresa perdeu rentabilidade em seus produtos em 2014, mas, conforme o diretor administrativo-financeiro da empresa, Fábio Mascarenhas, já este ano deve alcançar patamar próximo da média histórica.
Sobre a estratégia de investir em produtos de maior valor agregado, o diretor explicou que a empresa saiu de um mercado onde a decisão de compra se baseava fundamentalmente no preço para um mercado onde o preço é apenas um componente, mas não é o único e nem o fator preponderante.
Com base nos resultados apurados até agora do primeiro trimestre deste ano, o diretor afirmou que "em termos de vendas, estamos em linha, um pouco abaixo, com as previsões, mas com margens e rentabilidade superiores". Para 2015, o presidente da companhia completou que, apesar da perda de confiança do empresário e dos investidores no país, a Cedro "vai encarar a crise de frente".
Câmbio - E um dos fatores que pode ajudar a alavancar os negócios da Cedro é o câmbio atual, com dólar valorizado frente ao real. Segundo Branquinho, isso pode estimular as exportações da empresa, que hoje tem apenas 2% de participação na receita e são feitas para a América Latina.
Mais do que estimular as exportações, Branquinho considera que o dólar forte pode desestimular as importações, especialmente da China, e abrir no mercado interno mais oportunidades de negócios para a companhia e toda a indústria têxtil e de confecções nacional.
A Cedro completa, em 2014, 143 anos de atividades. Além da sede na Capital, a empresa tem quatro fábricas no Estado - em Sete Lagoas e Caetanópolis, na região Central, e em Pirapora, no Norte de Minas. A companhia mantém um centro de distribuição de produtos têxteis em Contagem (RMBH).
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