Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
No aguardado desfile de estreia de Michael Rider à frente da Celine, durante a Paris Fashion Week Verão 2026 (2027 no Brasil), o jeans ocupou um papel importante e simbólico. Em um retorno físico à sede da marca na Rue Vivienne, reaberta ao público pela primeira vez em uma década, o estilista norte-americano costurou referências do passado com uma linguagem contemporânea, marcando um novo capítulo para a maison com silhuetas esculpidas, estética preppy e o denim como peça-chave.
Rider, que já havia trabalhado com Phoebe Philo na era cultuada da Celine, revisitou o jeans com sofisticação e precisão. Das versões skinny que remetem ao legado de Hedi Slimane até modelos mais amplos com costuras curvas e acabamento arredondado nas laterais, o denim apareceu tanto como peça de base quanto protagonista. A combinação com blazers oversized e acessórios maximalistas evidenciou a proposta do estilista: unir códigos clássicos da moda parisiense à vitalidade do guarda-roupa urbano.
Mais do que tendência, o jeans foi tratado como símbolo de permanência. “Gosto da ideia de roupas que vivem com o usuário, que carregam memórias e atravessam gerações”, declarou Rider nos bastidores, reforçando a noção de atemporalidade que permeia a coleção. Essa filosofia se traduziu em peças que flertam com o cotidiano, como as calças jeans de cintura alta com acabamento tipo legging, mas que, graças ao corte impecável, facilmente transitam do dia à noite.
Ao lado dos jeans, o styling incluiu jaquetas de couro cropped, lenços de seda amarrados de formas variadas e botas de luta livre em couro macio, criando um equilíbrio entre o casual e o refinado. Em meio ao cenário chuvoso e ao som vibrante do The Cure, a coleção celebrou a elegância despretensiosa parisiense — aquela que não precisa gritar para ser ouvida. O jeans, com sua versatilidade silenciosa, foi o fio condutor ideal.
Com sua estreia, Rider não apenas mostrou domínio técnico e sensibilidade estética, mas também deixou claro que pretende posicionar a Celine como uma marca de peças icônicas e duradouras. Ao atualizar o jeans com cortes ousados e propósito emocional, o estilista reafirma o potencial do denim como um clássico em constante evolução — e talvez como o verdadeiro coração da nova Celine.
Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação
Por: anna
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