Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Centenas de operários têxteis e sobreviventes de derrocada manifestam-se no Bangladesh

Centenas de operários têxteis do Bangladesh e sobreviventes da derrocada do edifício Rana Plaza manifestaram-se hoje para exigir ao governo que encontre as pessoas que ainda estão desaparecidos e pague as indemnizações devidas.

Centenas de operários têxteis e sobreviventes de derrocada manifestam-se no Bangladesh

Familiares das vítimas e trabalhadores convergiram no local da tragédia em Savar, a cerca de30 quilómetrosda capital, Daca, onde há dois meses se deu o colapso do edifício de nove andares onde fucionavam várias fábricas têxteis, matando 1.129 pessoas, segundo o balanço oficial.

Segundo um responsável do governo local, 316 pessoas ainda estão dadas como desaparecidas, mas as autoridades consideram que poderão estar entre as centenas que foram enterradas sem ser identificadas.

A consternação dominou o protesto, em que muitos relataram os esforços para localizar familiares desaparecidos e alguns pediram a pena de morte para os proprietários do edifício onde se fabricava vestuário para conhecidas marcas ocidentais.

«Não consegui recuperar o corpo da minha irmã mais velha, Laboni Begum», afirmou à France Presse uma operária de 18 anos, Shimu Akter, retirada de entre os escombros duas horas após a queda do edifício.

O governo recolheu amostras de DNA das pessoas que foram sepultadas e prometeu que irá compará-las com as das famílias que esperam por indemnizações, embora alguns familiares afirmem que o que querem é encontrar os corpos e não obter dinheiro.

«Quero o corpo do meu irmão para podermos levá-lo para a nossa aldeia e enterrá-lo no cemitério da família», afirmou Sujan, outro familiar de um desaparecido.

Por outro lado, há quem se queixe das parcas indemnizações recebidas, reclamando tudo a que têm direito.

«As autoridades só me deram 8.500 taka (84 euros) como compensação e mais nada», queixou-se Maleka Begum, que tinha saído do Rana Plaza momentos antes da derrocada para ir comprar remédios, reclamando a sua indemnização e horas extraordinárias por pagar.

Segundo o balanço das operações de socorro, 2.438 pessoas foram retiradas do local do desastre, incluindo 968 pessoas que ficaram gravemente feridas.

Depois da queda do Rana Plaza, o governo do Bangladesh promoveu inspeções a todas as fábricas de vestuário para tentar convencer as marcas ocidentais - que incluem a H&M, Walmart ou Tesco - que as condições de segurança melhoraram.

No entanto, os sindicatos e especialistas afirmam que ainda há centenas de fábricas que funcionam em edifícios sem condições, provocando receios de que uma tragédia semelhante possa acontecer.

Diário Digital com Lusa

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