Chip Bergh, presidente e CEO da Levi Strauss, indicou quatro grandes tendências que moldam o varejo atualmente, em participação na abertura do World Retail Congress, em Roma. Segundo o executivo, a sustentabilidade, digitalização e comércio eletrônico, resistência da cadeia de abastecimento e importância das pressões de custos e inflação são os pilares do mercado.
Em entrevista com Susan Hart, colíder de Prática Global de Varejo na empresa de pesquisa executiva Spencer Stuart, Bergh inicou especificando o estresse que a indústria do vestuário está instalando no planeta. “A sustentabilidade costumava ser um bom nicho do ponto de vista do consumidor e muito centrado na Europa. Agora é verdadeiramente global e transversal a gerações”, disse.
“O jovem consumidor, em particular, está realmente concentrado nisto. Se perguntarmos a um adolescente de hoje, é muito provável que diga que as alterações climáticas estão no topo das suas preocupações”, acrescentou.
Neste sentido, o executivo destacou que a Levi’s® está trabalhando para reduzir a sua pegada ambiental, utilizando fibras como o cânhamo, que são mais sustentáveis, enquanto procura formas de reduzir a utilização de água.
Já no quesito tecnologia digital, Chip Bergh adverte que as empresas que não adotarem simplesmente vão morrer – levando em consideração não apenas o e-commerce, mas também a concepção de produtos e até cadeias de fornecimento. “Há tanto do nosso negócio que se pode digitalizar, desde a forma como concebemos o produto até à forma como conseguimos que o produto seja armazenado […] Tudo pode ser digitalizado e podemos reduzir tempo e toques, simplificar dramaticamente o negócio”, disse.
Em relação a cadeia de abastecimento, para Bergh, “a globalização está morta” e que as empresas procuram cada vez mais produzir bens mais próximos dos mercados em que comercializam. “A nossa indústria tem tradicionalmente buscando a base de produção de mais baixo custo em todo o mundo, mas isto está chegando ao fim. O nome do jogo hoje em dia é resiliência e agilidade da cadeia de fornecimento”, afirmou.
“Vamos ver mais produção se aproximar do mercado devido à importância dessa agilidade e capacidade de resposta e tendo confiança de que o produto vai estar na prateleira da loja quando for necessário”, completou.
Sobre o aumento das pressões de custos e da inflação, Bergh diz que parte disso está sendo impulsionado pela pandemia, parte por estrangulamentos na cadeia de abastecimento e também pela escassez de mão-de-obra em algumas regiões do mundo.
E, por fim, o executivo admitiu ainda que “despriorizar” a diversidade e a inclusão nos primeiros tempos foi o seu maior erro com a empresa. “Olhando para trás, foi um dos maiores erros que cometi nos meus dez anos, pois, no meu coração e alma, acredito que uma organização diversificada superará sempre uma organização homogênea”, finalizou.
Fonte: Redação | Foto: AP Photo/Richard Drew
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