Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Certificações brasileira e internacional devem ser unificadas a partir de setembro

Com a fusão da ABR e do BCI, Brasil garante liderança no fornecimento do produto certificado.

por Globo Rural On-Line
Drawlio Joca
Setor espera anúncio da fusão entre os programas de certificação no próximo Congresso Brasileiro do Algodão, em setembro (Foto: Drawlio Joca/Ed. Globo)

A partir do próximo mês, o programa de certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR), criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) que garante a rastreabilidade do produto da lavoura até a indústria respeitando os padrões ambientais, sociais e econômicos mundiais, será fundido com o BCI (Better Cotton Initiative), certificação internacional que prevê a melhoria da produção mundial da commodity agrícola. Entidades envolvidas no processo devem oficializar a fusão dos programas nacional e internacional durante o 9º Congresso Brasileiro de Algodão, entre os dias 3 e 6 de setembro, em Brasília.

"Viemos, até agora, caminhando com esses dois programas (ABR e BCI), que têm protocolos completamente diferentes. Em setembro, esperamos comunicar ao mundo todo que todo o algodão ABR é reconhecido pelo BCI e, com isso, vamos conseguir colocar no mercado uma quantidade significativa de algodão certificado", afirmou o diretor executivo da Abrapa, Márcio Portocarrero.

Segundo ele, o Brasil tem hoje 684 mil toneladas de pluma certificadas pelo BCI, sendo o maior fornecedor mundial do produto. "A soma de todos os outros países não chega a 30% do que nós já produzimos. E a hora em que a gente agregar o programa ABR ao BCI, nós seremos, com certeza, o maior fornecedor mundial de algodão certificado por muito tempo", destaca.

O sistema BCI começou a ser implantado em fazendas de Mato Grosso e de outros três estados brasileiros na safra 2010/2011. Na temporada atual, o número de propriedades que aderiram ao programa chegou a 44 e 255 fazendas foram certificadas pelo programa ABR. Quando o programa ABR for reconhecido pelo sistema BCI, todas as fazendas que obtiverem a certificação ABR na safra 2013/2014 receberão a licença de venda BCI.

"Hoje, o mercado lá fora até paga um pouco a mais pelo algodão certificado, mas o que eles falam é que, num futuro próximo, quem vai perder é quem não tem o algodão certificado. O acesso às boas indústrias se dá através do BCI. E essa fusão do ABR com o BCI é um salto muito importante para o algodão brasileiro em termos de reconhecimento de sustentabilidade", afirma Portocarrero.

De acordo com Milton Garbugio, presidente da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), a conscientização do consumidor com relação às boas práticas de produção conduz a indústria a exigir matéria-prima certificada. "O caminho da indústria mundial é colocar nas suas etiquetas, para o consumidor que vai ficando cada vez mais exigente, que 20%, 30% daquela camiseta foi fabricada com algodão responsável. Essa é a grande jogada de marketing deles e que nos leva a seguir este caminho", destaca.

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