DESFILE CRUISE 18/19 DA CHANEL / REPRODUÇÃO
Enquanto os grupos LVMH e Kering são empresas públicas e precisam mostrar seus relatórios anuais de lucro, a Chanel nunca revelou detalhes de suas operações – como empresa familiar, ela não é obrigada a divulgar. Já sabemos que é uma das maiores empresas de luxo do mundo, mas não sabíamos exatamente o quão grande exatamente.
Pela primeira vez em sua história, a maison de quase 110 anos de vida, divulgou seu relatório anual. Segundo o New York Times, a empresa registrou vendas de US$ 9,62 bilhões em 2017, 11% a mais do que no ano anterior. Seu lucro operacional foi de US$ 2.69 bi.
A marca também revelou que, também em 2017, gastou US$ 1.46 bilhões em marketing, 15% a mais do que em 2016.
Os números a colocam lado a lado com a Louis Vuitton, cujas vendas anuais giram em torno de US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões. A Gucci vem em seguida, com US$ 7 bi, todos números de 2017.
Por que a Chanel decidiu revelar seus números? Especula-se que os irmãos bilionários Alan e Gérard Wertheimer, proprietários da marca, tenham interesse de vende-la. Os dois mais Karl Lagerfeld, já passaram da idade de se aposentar e nada foi falado sobre o futuro da Chanel, tanto nos negócios quanto na criação. “Nós não estamos à venda e nada irá mudar isso”, disse o CFO Philippe Blondiaux aos jornais, negando os rumores. “Apenas percebemos que estava na hora de colocar os fatos na mesa sobre quem exatamente nós somos: uma empresa de 10 bilhões de dólares com finanças muito fortes, além de todos os meios e munições a nossa disposição para permanecer independente”.
Blondiaux divulgou os números justamente para evitar especulações ou notícias falsas sobre a situação da Chanel. “Estava na hora de deixar a força da nossa operação falar por si só”.
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