Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A coleção mais recente da Chanel concentrou-se numa moda francesa fresca e chique, nos dias amenos da Provence, nos almoços lânguidos em bares de praia e nas compras em St. Tropez.


Chanel - primavera-verão 2024 - Womenswear - Paris - © Launchmetrics


O fio condutor foi a famosa Villa de Noailles em Hyères, uma obra de arquitetura moderna que é um lugar emblemático para os fashionistas. Artistas, cineastas e escritores passaram por aí, na década de 1920, uma época em que o desporto se tornou moda entre o grande público e os intelectuais.
 
O resultado foi uma coleção perfeita para o verão, cheia de vigor e alegria de viver. Fácil de entender e de usar e, mais uma vez, para rejuvenescer o mercado-alvo da Chanel em alguns anos.

O convite preparou o terreno. A modelo holandesa Riane van Rompaey, fotografada por Ines & Vinoodh, posou vestindo um fato de banho em frente a uma das janelas recortadas da Villa, com vista para o Mediterrâneo. 
 
A mesma paisagem, mas colorida, foi o pano de fundo do desfile, mesclado com flores e pétalas infladas do tamanho de bungalows, realizado no interior do Grand Palais Ephemère.
 
As modelos apareceram na passerelle preta com elegantes vestidos e blusas hippie plissadas, combinados com blazers xadrez. E kaftans bouclé super leves, fáceis de colocar e tirar. Culottes e shorts engenhosos combinados com tops bordados com cristais; ou T-shirts de canoísta, com duplo logotipo CC.
 
A diretora criativa da Chanel, Virginie Viard, ainda apresentou jeans desgastados e túnicas nunca antes vistas na Chanel, usados com cintos perolados. Destaque para as saias bouclé irregulares, com um lado cinco centímetros mais baixo do que o outro.

Praticamente todas as modelos usaram sapatos baixos: ténis com diamantes, chinelos com logotipos ou sapatos incrustados de pérolas e laços pretos. Excluindo durante a noite, quando Viard abraçou a tendência semitransparente com um quinteto de belos vestidos de chiffon preto, combinados com botas de salto azul marinho. O comprimento variava do meio da coxa até logo acima do joelho.



Chanel - primavera-ve rão 2024 - Womenswear - Paris - © Launchmetrics

 
Antes de ficar psicodélico com flores fantasiosas em fatos, blazers e saias plissadas. Uma homenagem à natureza descontraída da Villa de Noailles nos seus dias de glória. Quando Jean Cocteau, Salvador Dalí, Piet Mondrian e Giacometti frequentavam o lugar para se divertirem.
 
“O que gosto na Villa é que não é um grande monumento, mas sim um local íntimo, onde se percebe uma certa magia”, explicou Virginie Viard, num backstage que contou com Penélope Cruz, Usher, Nicky e Paris Hilton, a elogiarem a designer, que tem um dos egos mais agradavelmente discretos numa profissão conhecida por ser levada por ele. Viard recebeu aplausos por uma coleção especial apresentada no último dia da Paris Fashion Week.
 
Pouco se sabe sobre a relação entre Coco Chanel e Marie Laure de Noailles, embora haja uma fotografia de ambas com um grupo de intelectuais numa noite de black-tie, na qual Coco aparece radiante com uma pequena cartola.
 
Hoje, a cidade é centro de arte contemporânea e sede do famoso Festival Hyères, cujo prémio para jovens designers é o mais cobiçado da moda europeia. Um dos seus maiores patrocinadores é a Chanel.
 
“Acima de tudo, queria nesta coleção um sentido de diversão e descontração, indo da praia ao café, gozando a vida”, entusiasmou-se Viard, que caminhou com calças bouclé preto antracite e uma T-shirt preta onde se lia, ironicamente, “Glamour frenético”.

TRADUZIDO POR
Novello Dariella

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