“A demanda por produtos ligados ao inverno subiu muito. Por estarem mais conservadores, muitos varejistas foram pegos de surpresa, o que gerou falta de estoque”, diz o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Vítor França.
Para os empresários que possuíam artigos ligados ao frio em estoque, a chegada das baixas temperaturas foi um ganho. Segundo França, a temporada foi a oportunidade de vender produtos parados, dado que foi importante para o avanço do índice que mede a adequação dos estoques dos varejistas, dado que avançou 7,3% em junho, na comparação com abril.
“Esse frio foi uma excelente surpresa e alavancou o faturamento de praticamente todos os lojistas do Brás e região. Ninguém esperava que a temperatura caísse tanto”, afirmou o presidente da Fe-
deração dos Varejistas do Brás (Fevabrás), Gustavo Dedivits, destacando que itens como edredons, mantas e luvas subiram até 150%.
Em linha com a posição da FecomercioSP, o presidente do Sindicatos das Indústrias do Vestuário do País (Sindivestuário), Ronald Masijah, também reporta a venda de itens de coleções passadas. “A gente conversa com empresários que haviam estocado produtos de inverno em anos anteriores e que só agora estão conseguindo vendê-los. É um alento muito importante”, desabafa.
Além do segmento vestuário, o inverno causou corrida às lojas por aquecedores. No comércio eletrônico, a C Nova , empresa que opera as lojas eletrônicas do Ponto Frio, Casas Bahia e Extra na internet, registrou alta de 250% nas vendas de cafeteiras nas duas primeiras semanas de junho, sobre um ano antes. Já os aquecedores venderam 150% mais. No site da rede Extra, o avanço chegou a 500% em alguns itens.
Já a supermercadista Hirota registrou alta de 35% na venda de vinhos nas últimas semanas. “O aumento foi maior que a expectativa. A previsão era de um crescimento de 20%”, disse a gerente de marketing do Hirota, Eugênia Fonseca.
Entre os shoppings os lojistas do Catuaí Londrina também estão comemorando. Segundo a gerente da loja Milon, Marissol Mandelli a procura por peças de inverno elevou em 30% as vendas nas duas últimas semanas, na comparação anual. “O frio ajudou muito o giro de produtos nesses últimos dias. Em média reabastecemos nosso estoque quinzenalmente, mas esse ano a demanda está sendo maior do que isso, então nos programamos para fazer a reposição conforme a necessidade”.
Na varejista de moda Riachuelo do shopping, a primeira quinzena de junho resultou em avanço de 30% nas vendas.
Para a gerente da loja, Carolina Mahmud, a previsão é de que até o final do mês essa porcentagem dobre. “Para suprir essa demanda maior por casacos pesados e botas estamos recebendo produtos de outras regiões do País em que o inverno não é tão rigoroso”, explica.
Na loja Colombo o subgerente da operação, Ricardo Stresser, afirmou que as mercadorias mais sazonais, como os secadores e aquecedores subiram. “Os aquecedores que recebemos essa semana já saíram quase todos, estamos tendo de repor mais esses produtos por conta do frio”, disse.
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