Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A América Latina continua no topo do Global Retail Development Index da AT Kearney, apesar de o Brasil ter perdido a liderança conquistada nos dois últimos anos. A África Subsaariana também está em destaque neste ranking anual dos principais países em desenvolvimento para investimento no retalho.
 

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Chile destrona Brasil

O Global Retail Development Index (GRDI) classifica os 30 principais países em desenvolvimento para investimento no retalho em todo o mundo e, este ano, o Chile ocupa o primeiro lugar, com a AT Kearney a referir que anos de estabilidade económica e política têm ajudado a construir um dos ambientes de retalho mais sofisticados da América Latina.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Chile cresceu 4,4% no ano passado e deverá continuar a um ritmo semelhante até 2016, enquanto as vendas no retalho de 98,52 mil milhões de dólares em 2013 deverão crescer 13% nos próximos quatro anos. Houve também grande investimento em novos e existentes centros comerciais no ano passado, com mais previstos abrir este ano, e há também algumas marcas internacionais em parceria com retalhistas do país para entrar no mercado.

Existem mais sete outros países da América Latina no índice – Uruguai, Brasil, Peru, Panamá, Colômbia, Costa Rica e México –, enquanto a África Subsaariana tem três – Nigéria, Botswana e Namíbia.

«Com o crescimento do PIB de 5%, o aumento dos rendimentos das famílias, a rápida urbanização e uma classe média em crescimento, a África Subsariana é uma região de enorme potencial para os retalhistas», afirma Mike Moriarty da AT Kearney, coautor do GRDI.

O GRDI também revelou um sentimento muito positivo para a expansão dos mercados emergentes. Houve algumas contrações de alto nível, com o Walmart a cortar na China e no Brasil e a Tesco a atuar com mais prudência na China, mas a maioria dos retalhistas globais está ainda a procurar oportunidades nos países em desenvolvimento e parecem fazer isso com mais sucesso do que no passado.

«Na nossa análise, descobrimos que houve menos falhas na expansão do retalho para mercados emergentes do que nos anos anteriores», indica Hana Ben-Shabat da AT Kearney e coautora do GRDI. «Os retalhistas globais aprenderam com os erros do passado e tornaram-se muito mais hábeis e bem-sucedidos com as suas estratégias de expansão em mercados emergentes. O comércio eletrónico também está a ajudar a expansão global, na medida em que os retalhistas são capazes de testar o mercado e construir a sua marca através do comércio eletrónico, antes de expandir com lojas físicas», acrescenta.

Mas existem também estratégias de expansão interessantes de retalhistas regionais, com a AT Kearney a referir que estão a usar a proximidade como uma vantagem competitiva nos mercados vizinhos. Do Chile salientam-se Falabella e Cencosud, que pretendem ampliar a sua presença a toda a América Latina; dos EAU evidenciam-se LuLu Hypermarkets e Majid Al Futtaim, que começaram em expansão na região do Golfo; enquanto da África do Sul o destaque vai para Shoprite e Woolworths, que expandiram para a Nigéria, Botswana e Namíbia.

América Latina
A crescente classe média na América do Sul e Latina está a ajudar a manter estas regiões à frente do GRDI e a segurar três das cinco primeiras posições. Os três mercados em destaque mostram a diversidade da região. O Chile tem um sofisticado mercado de média dimensão, o Brasil, em 5.º lugar, é um país enorme, enquanto o Uruguai, em 3.º lugar, tem níveis elevados de consumo que são atrativos para as marcas de luxo. Os retalhistas internacionais estão também a entrar e a ganhar terreno num ambiente altamente competitivo, com líderes locais e regionais.

Ásia
O retalho moderno está a espalhar-se das grandes cidades para novos locais, e a crescente afinidade dos consumidores por estes formatos está a ajudar a acelerar as vendas no retalho. O crescimento da população e os crescentes rendimentos também estão a ajudar. A China, de longe a maior economia da região, recuperou o 2.º lugar no GRDI este ano, evoluindo do 4.º lugar em 2013 e, apesar de um crescimento mais lento no país, as vendas no retalho subiram 13% no ano passado. A Malásia ficou em 9.º lugar, enquanto a Indonésia escalou quatro posições para o 15.º lugar. Sri Lanka, Índia, Filipinas e Vietname também aparecem no ranking.

Médio Oriente e Norte de África
Com uma população crescente e jovem, forte crescimento do PIB e aumento da confiança do consumidor, a AT Kearney descreve o Médio Oriente como «dinâmico». Grandes eventos na região, como a Expo 2020 e o Campeonato do Mundo FIFA 2022, deverão continuar a alimentar o crescimento da construção, ajudando as vendas no retalho, enquanto os consumidores estão a tornar-se mais exigentes em termos de formatos e conceitos criativos no retalho. A saturação em alguns mercados está a originar uma expansão mais regional e, apesar de menos empresas internacionais terem entrado em 2013, as que já lá estão concentraram-se na expansão da presença e no crescimento da marca.

Ásia Central e Europa Oriental
Os países mais pequenos da região são os que estão a causar a maior impressão no GRDI este ano, com localizações e ambientes de retalho insaturados que são atrativos para os retalhistas internacionais. Arménia, Geórgia, Cazaquistão e Azerbaijão encontram-se na listagem, enquanto a Rússia – cuja dimensão contrasta com os outros – saltou 11 posições para o 12.º lugar, à medida que o seu potencial de retalho supera os riscos associados ao país.

África Subsaariana
Os retalhistas internacionais estão a ser bem-sucedidos num ambiente desafiador no Oeste desta região, visando os consumidores de médio e alto rendimento que são conscientes da marca e querem comodidade, qualidade e variedade. Enquanto isso, o Este permanece inexplorado, em grande parte informal e cada vez mais atrativo. No Sul, a região mais desenvolvida, os retalhistas sul-africanos lideram o crescimento com a sua proximidade e alinhamento cultural, no entanto, para o comércio eletrónico, são os retalhistas locais e regionais que estão a liderar o caminho, especialmente entre os consumidores ricos.

http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/43713/xmview/...

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