Os grupos da indústria têxtil e de vestuário estão ainda renitentes em dar o seu apoio ao México na sua cruzada contra a China na Organização Mundial do Comércio. Em alguns casos, como na União Europeia, associações nacionais, importadores e exportadores têm mesmo posições opostas.
A queixa apresentada pelo México na Organização Mundial do Comércio (OMC) relativa à política industrial chinesa para o setor têxtil e de vestuário (verChina viola princípios) está a gerar posições diferentes, tanto nos EUA como na União Europeia (UE).
Nos EUA, alguns grupos estão a pedir ao governo americano para intervir e apoiar a queixa apresentada pelo México. Cass Johnson, presidente do National Council of Textile Organizations (NCTO), antecipa mesmo que o governo americano irá apoiar a queixa do México. «É uma coisa boa, boa para toda a gente. Vamos pedir para que apoiem a iniciativa mexicana na OMC», afirmou.
Apesar disso, o governo dos EUA ainda não indicou se irá tornar-se um apoiante no caso das disputas do México na OMC contra a política chinesa para o têxtil e vestuário. «Os EUA estão a obter uma cópia da queixa e iremos avaliar os interesses dos EUA em apoiá-la», indicou uma porta-voz do Representante de Comércio dos EUA.
Enquanto Washington pondera a sua posição, um responsável do governo mexicano também revelou estar confiante que o México será bem-sucedido nesta queixa, com ou sem o apoio de outros países. «Acreditamos que temos argumentos para ganhar. E se outro país decidir juntar-se ao processo, o governo mexicano pode estar disposto a seguir essas linhas para reforçar o caso, como aconteceu com a queixa relativa às matérias-primas», afirmou o responsável, em referência a um caso na OMC apresentado pelo México, UE e EUA contra a restrição chinesa às exportações de matérias-primas.
Os diplomatas em Genebra, contudo, consideram que o governo americano dificilmente apoiará publicamente a posição do México tão perto da eleição presidencial nos EUA a 6 de novembro – mas é esperada uma decisão logo após a votação.
A União Europeia terá também de decidir se apoia os mexicanos e há já sinais de que os importadores de vestuário europeus podem resistir a isso, enquanto os exportadores deverão apoiar essa decisão. Um porta-voz da direção-geral para o comércio da Comissão Europeia não quis comentar «uma investigação de comércio internacional em curso».
Entretanto, a Confederação Europeia de Têxtil e Vestuário Euratex está também cautelosa. «É claro que sendo a China uma economia governada por planeamento central, a intervenção pública na economia é uma realidade e neste sentido é muito provável que a queixa mexicana tenha fundamentos legais, mas mais uma vez não podemos comentar mais sem ter informação concreta», explicou Luísa Santos, responsável por assuntos internacionais na Euratex.
A especialista portuguesa destacou que as exportações têxteis e de vestuário da China para a Europa atingiram os 37,4 mil milhões de euros em 2011, enquanto em 2006 as mesmas foram de apenas 24,1 mil milhões de euros. «Contudo, temos de sublinhar que as nossas exportações para a China também cresceram de mil milhões de euros em 2006 para 2,1 mil milhões de euros em 2011», acrescentou.
Jef Wintermans, diretor da Modint, a associação holandesa de moda, design de interiores, tapetes e têxteis, considera que a UE deve manter-se afastada da disputa. «Eu tenho dúvidas em relação a esta ação do México», afirmou Wintermans, que considera que este tipo de ação não ajuda a aumentar o comércio.
O diretor da Modint acredita mesmo que uma vitória do México (se seguida por uma retirada dos subsídios chineses ao seu setor têxtil e de vestuário) irá aumentar os preços do vestuário de todo o mundo, quando as exportações da China já estão a começar a ficar mais caras devido à subida dos custos laborais.
Embora afirme que não apoia qualquer prática de comércio injusta, Wintermans considera que o México está a tentar proteger «uma indústria de vestuário que aparentemente está a perder a sua vantagem competitiva».
O México acusa a China de favorecer direta e indiretamente os produtores locais da indústria têxtil e de vestuário, com medidas que incluem «isenções fiscais, reduções, descontos, reembolsos para certos grupos de empresas; (...) isenções de certos impostos municipais; empréstimos subsidiados (...) e perdão de dívidas contraídas por bancos controlados pelo Estado», segundo o documento apresentado na OMC
Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41650/xmview/...
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Esta quetão tem que ser discutida com seriedade e urgência, sem preconceitos a industria chinesa que tem seus erros mas acertos tbm, nem da noite para o dia o empresariado brasileiro virou do bem e a China do mal.
Por serem mais competentes ou protegidos não importa, os chineses fabricam produtos melhores a um preço menor que nosso custo de produção e isso sim é a realidade.
Nos empresarios brasileiros precisamos discutir isso com empenho, seriedade e urgencia, pq se os poderosos mercados europeus e americano estão sentindo um grande dor, imagina o que irá acontecer com um pais como o nosso, sem estrutura politica ou comercial definida, a nossa transformação em um pais livre é relativamente nova.
É preciso segurar as avalanches de produtos importados que estão vindo, nessa quantidade enorme, uma covardia aos produtores brasileiros, mas não fechar totalmente, pois não temos como produzir a atual demanda.
Precisamos discutir, a altissima complicada e desigual carga tributária - a poderosa participação sindical e altissimo custo da mão de obra que ironicamente ganha pouco, ou seja os sindicatos e governo ficam com grande parte do salario, discutir o crédito caro e inexistentes, e muitos outros assuntos.
Tudo isso qtem que ser discutido com muita urgencia, não somos os EUA, não assimilar essa porrada como americanos e europes conseguiram, lembrando até outro dia não tinhamos a menor idéia de democracia, e participação do mercado internacional, eramos uma colonia grandona, somente isso, é tudo muito novo,como nação ainda estamos em formação, Deus nos ilumine.
Isto interessa ao EUA? Se for de seu interesse, ai vai haver o apoio, caso contrario, o Mexico estará sozinho, nem o Brasil, que sofre com as intervenções da China em nossas industrias texteis(principalmente), com este tal de Patriota(que se peque pelo nome)não irá dar apoio, pois podem sucatear nossos texteis que nada lhes aflige!!!
O Brasil esta acefalo em que se trate de comercio exterior ou do ministerio do comercio exterior ou do proprio Itamarati, que nem mais se escuta falar.É uma pena, já foi expoente na politica externa brasileira.
Continuando..... se o Brasil é capaz ou não de produzir seus produtos, até que acredito que evntualmento temos alguma possibilidade(area Textil), mas que seja com principios tecnicos,poiliticas apropriadas, com cargas tributarias descentes,sem escorchamentos, teremos alguma chance, pois de qualquer forma seria impossivel competir com um pais de alguns milhões de habitantes,com sub-empregos (isto é a razão do volume de pessoas-não falo de escravidão,ainda), mas competi9r com China,India, é barra pesada, sem contar que elesfazem de tudo, do primario a maquinas sofisticadas, então não há muitas sanches...conformismo talves.
QUERO DAR MEU TESTEMUNHO...
AQUI NO BRÁS TEM MUIIIIITA CONFECÇAO PARANDO DE IMPORTAR,E RETOMANDO A PRODUÇAO AQUI NO BRASIL.
CERTO IMPORTADOR DISSE QUE O GOVERNO FEZ DE TAL MODO QUE NÃO É MAIS POSSIVEL FAZER FALCATRUA NA IMPORTAÇAO.
VAMOS TRABALHAR ,E PARAR DE LAMENTOS.
Alfredo dentro da sua correta analise, se não houver transformação total, a gente não vai ter capacidade de competir nem com o Haiti.
Silvio, não é lamentação, mas é a vontade de ainda acreditar que unidos podemos transformar este em um grande pais, com gente unida, trabalhadora e que ama a patria tanto quanto ama seu time de futebol, eu estou falando em nos unirmos, para cobrar mais empenho de todos, governo, sindicatos e nós mesmos empresarios, cada um ceder um pouco para tornar a nação competitiva mundialmente.
Eu creio que tem muita coisa errada para arrumar, e se eu me calar, eu deixo de crer.
Mas acho que vc tem razão, o jeito é a gente trabalhar e calar a boca.
Rinaldo,
não quis dizer calar a boca,mas olhar o que o gaverno tem feito pra salvaguardar a industria nacional,e é fato que está + dificil importar tanto que tem confecçoes aqui no brás que dispensaram seu pessoal de importaçao.
Menciono o brás pq. trabalho aqui á anos.
Mas isso acontece em todo o país.
E se não fizermos acontecer ou seja produzir para o mercado interno pelo menos as c&as da vida vão pressionar o governo dizendo que não temos capacidade de suprir as nossas necessidades.
Por experiencia é isso que penso.
Revisar é preciso. Tecidos de moda, ainda é raridade no Brasil, o Braz é termometro, mas não pra alta moda,que necessita de tecidos evoluidos, novos padrões( nem sempre com boa qualidade), mas com novidades constantes.Nos compramos tecidos para atender uma clientela, atenta ao que acontece la fora e eu por vez, tenho que me manter atento tambem, com tecidos novos e novas tencdencias, caso contrario sucumbo. C&A,Renner,Marisa,etc, ainda mandam num mercado de saturação, com muitas lojas, volumes altos de compras tanto em tecidos como em confcções, que se não abrirmos os olhas, iremos produzir de graça,pois é igual a bancos, só um lado ganha.Já dizia um amigo, se o banco lhe propõe algo, cuidado pois se é bom pra voce é melhor pra ele. Mas nos temos "ainda" algumas tecelagens que primam pela qualidade e desenvolvimento de novos produtos, mas com seus custos altos, o que volto a mesma ladainha, qual a politica colocada em pratica pelo governo, que não consegue que possamos ser competitivos? Achar que estão resolvendo, é utopia. Novas politicas tributarias, novas politicas judiciais,novas politicas alfandegarias, novas politicas sindicais, tudo esta por fazer, mas quem se habilita?O Governo, os politicos, nada.
Entendo sua situação Alfredo.
Sò não sabia que voce faz alta moda.
De qualquer forma parabéns.
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