Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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China reduz suas taxas de importação em moda e cosméticos

Uma butique Louis Vuitton em Xangai - AFP
Pequim anunciou no último dia 25 de maio uma redução das suas taxas de importação sobre os bens pessoais. Uma medida que busca sustentar o consumo doméstico e que alcança, entre outros setores, aqueles de vestuário, de calçado esportivo e de cosméticos.

Os ternos e vestuários com forro, anteriormente taxados entre 14 e 23%, serão agora taxados à altura de 7 a 10% do seu valor. As botas de cano curto e tênis, que exibiam, por seu turno, taxas que iam de 22 a 24%, serão taxados em 12%. As taxas praticadas sobre os produtos de cosmética passam, por sua vez, de 5 para 2%.
 
Uma evolução tão aguardada pelos atores desses diferentes mercados quanto pelos setores da moda e cosméticos, que exibem na China uma taxa de imposto superior à média. Esta última ficaria assim em 9,8% do preço do produto, contra 14% de impostos em média no setor do vestuário e de 6,5% a 15% para os cosméticos. Até mesmo com picos de 30%, segundo a agência China.org.
 
“As taxas de importação nessas áreas são avaliadas com base no valor das mercadorias”, explica Damon Paling, especialista em tarifas aduaneiras na PriceWaterhouse Coopers. “Na China, nesses setores, as tarifas aduaneiras médias são claramente mais elevadas do que a média nacional. Elas são também muito mais elevadas que em muitos outros países da Ásia, que, para alguns setores, aplicam uma política de isenção de tarifas aduaneiras, assim como de IVA e de imposto sobre os produtos e serviços”.
 
Essas medidas tomadas por Pequim pretendem responder ao aumento da demanda doméstica do Império do Meio, cujo comércio verejista viu mais uma vez um crescimento de 10% em abril.
 
Demanda que se choca com o nível mais elevado alcançado pela importação de produtos por causa dessas taxas. Notadamente no setor do luxo, onde a China pode exibir preços, por vezes, 20% superiores àqueles praticados nos mercados internacionais.
 
A China é, entre outras nações, o 6º cliente da União Europeia em matéria de vestuário, com 1,07 bilhão de euros (+17%) de mercadorias importadas em 2014. Às quais se juntam 1,6 bilhão importado por Hong Kong.
 
O Império do Meio é também o 2º cliente do setor têxtil europeu, com 1,7 bilhão de euros importado no ano passado. Os Estados Unidos, por sua vez, exportaram 1,26 bilhão de dólares de têxteis/vestuário em 2014 para a China.


Por  Matthieu Guinebault  

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E nós aumentando os impostos! Sempre andaremos na contra-mão?

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