Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Em novo relatório, a ECOS (Environmental Coalition on Standards) analisou rótulos e processos de certificação como o Ecolabel da União Europeia (UE) e o GOTS (Global Organic Textile Standard), entre outros, e concluiu que não são suficientemente rigorosos para tornar a indústria de moda sustentável do ponto de vista ambiental.

A introdução de requisitos de concessão ecológica ajudaria a corrigir essa lacuna. Batizado “Duráveis, reparáveis ​​e convencionais – Como o ecodesign pode tornar nossos têxteis circulares”, tem como base um estudo de fundo realizado pela consultora Ramboll.

A ECOS sugere a introdução de requisitos mínimos legais de ecodesign para os têxteis, apoiados em normas técnicas rigorosas, como a melhor solução para transformar o atual modelo linear de moda em circular. Os requisitos devem se centrar em melhorar a eficiência do material (durabilidade, reusabilidade, reparabilidade e reciclabilidade) e explorar formas de promover uma concessão mais responsável ambientalmente dos produtos têxteis – tanto através de diretrizes políticas como de recomendações de normalização.

A ECOS assinala que a Comissão Europeia deve adotar os princípios de conceção ecológica para os produtos têxteis, seguindo o modelo dos produtos elétricos e eletrônicos. Regulamentado sob a atual Diretiva de Ecodesign, o seu âmbito poderia ser alargado como parte da planeada Iniciativa Política de Produtos Sustentáveis.

“A legislação pode e deve estimular a concessão sustentável para a durabilidade, reusabilidade, reparabilidade e reciclabilidade nos têxteis também”, salienta o relatório.

Rótulos de têxteis verdes ignoram reutilização e reparação

A análise dos atuais processos de certificação e relatórios efetuada pela ECOS revela que os requisitos mínimos nos processos para têxteis sustentáveis descuram os aspetos de reutilização e reparação.

Em particular, a análise mostra que os rótulos e processos atuais carecem de eficácia principalmente por falta de requisitos para a vida útil mínima desejada dos produtos, de definições do que são tecidos de alta qualidade, por conter somente uma referência limitada sobre o conteúdo reciclado ou sobre o conteúdo de fibras naturais dos tecidos, abordar superficialmente os aditivos químicos e a composição do material. Também por não incluir métodos para resolver o problema da libertação de microplásticos das fibras sintéticas.

Os resultados apontam para a necessidade de ação urgente para reduzir os impactos ambientais da indústria têxtil uma vez que a pegada da fast fashion continua a crescer. “Os requisitos de concessão ecológica para produtos eletrônicos são uma verdadeira história de sucesso da UE no que diz respeito à redução das emissões de CO2”, afirma Valeria Botta, diretora de programa da ECOS e autora do relatório, ao portal Just Style.

“Eles poupam o dinheiro dos consumidores e encorajam a circularidade. Aplicar os mesmos princípios aos produtos têxteis é uma obrigação para tornar as nossas roupas mais duráveis e reduzir o tremendo impacto ambiental que o sector tem globalmente. Sem requisitos mínimos poderosos, o nosso planeta corre o risco de se tornar a vítima final da moda“, sublinha.

Fonte: Portugal Têxtil | Foto: Reprodução

https://guiajeanswear.com.br/noticias/circularidade-textil-requer-n...

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