Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

AComissão Europeia publicou recentemente um roteiro que traça a transição da indústria têxtil local rumo a uma maior circularidade. O documento inclui uma consulta para recolher os comentários, conselhos e expectativas dos profissionais do setor, com prazo de resposta até 2 de fevereiro.

 


“O European Green Deal, o Circular Economy Action Plan (CEAP) e a Industrial Strategy identificaram o têxtil como um setor prioritário no qual a UE pode abrir caminho em direção à neutralidade de carbono, à economia circular, e anunciou uma estratégia europeia para o têxtil”, explica na introdução o documento da comissão.
 
O objetivo da Comissão é elaborar um plano de trabalho "abrangente" que irá incorporar objetivos e incentivos para impulsionar a competitividade da indústria têxtil europeia. A iniciativa deverá reunir de fabricantes a compradores, passando por pesquisadores, associações de consumidores, fundos de investimento e órgãos governamentais.

As futuras regulamentações da UE serão direcionadas às “fragilidades” do setor em termos de produção sustentável, durabilidade dos produtos e utilização de substâncias poluentes, ao mesmo tempo que tentam impulsionar a reciclagem de resíduos industriais e o uso materiais reciclados. O objetivo é também identificar possíveis ações horizontais ao longo de toda a cadeia de valor. Transparência e respeito pelos direitos humanos são igualmente mencionados entre os objetivos. 

Listando uma série de estudos de referência sobre a indústria da moda e a sua ênfase na sustentabilidade, o documento delineou alguns obstáculos que a iniciativa europeia deverá enfrentar. Entre estes encontra-se a notável complexidade da cadeia de valor, que reúne 160 mil empresas europeias que empregam 1,5 milhões de pessoas.
 
“Estando o setor têxtil altamente globalizado, uma ação fragmentada a nível nacional e local não será suficiente para impulsionar a mudança”, alerta a comissão. “A ausência de ação da UE prejudicaria a eficácia da proteção ambiental em toda a UE, bem como a possibilidade de criar condições equitativas para as empresas têxteis dentro e fora da UE. O bom funcionamento do mercado interno também estaria ameaçado. Por fim, a ausência de ação iria contra a forte demanda das partes interessadas nos últimos anos.” 


A comissão colocou à disposição, até 2 de fevereiro, uma página dedicada para aqueles que desejam expressar as suas opiniões sobre o projeto.

Matthieu Guinebault

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