Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Cláudia Cruz esbanja com marcas, mas jamais foi vista na lista das mais bem-vestidas

Excesso nas compras contradiz máxima da moda de que menos é mais

A jornalista Cláudia Cruz acompanha o marido e presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante visita oficial do príncipe japonês na Câmara - Givaldo Barbosa / Agência O Globo
RIO - Muitos profissionais da moda já gastaram conhecimento, tinta e a sola de seus sapatos grifados tentando fazer as pessoas entenderem que menos é (sempre) mais. Infelizmente para os nossos olhos, a discussão é tão perdida quanto Inês é morta. Há sempre uma Maria Antonieta, uma Imelda Marcos ou uma Claudia Cruz para queimar os guias de estilo (a primeira, ao menos, precisava impressionar a corte em Versalhes. Mesmo assim, seus exageros custaram-lhe a cabeça).

Para a sorte da louríssima mulher de Eduardo Cunha, a guilhotina foi aposentada. Honestamente, não há nada mais deselegante do que passar os seus dias em Paris circulando entre lojas e gastando milhares de dólares, seus ou não, em produtos de luxo. Dizem os gurus de estilo e, é claro, o bom senso, que ostentar é vulgar, comprar em excesso também.

Há que se reconhecer que Claudia Cruz acertou nas marcas: Chanel, Balenciaga, Louis Vuitton, Hermès, Prada, Dior e Fendi são alguns dos mais importantes nomes da moda internacional. Apesar disso, alguém já leu o nome da jornalista em uma daquelas listas das mulheres mais bem-vestidas? Certos milagres nem mesmo a Chanel realiza.

Michelle Obama, por exemplo, está constantemente nelas. A primeira-dama americana não só repete roupas sem constrangimento, como frequentemente veste marcas desconhecidas, buscando apoiar jovens estilistas, e usa peças de redes de fast fashion. Seu estilo independe do orçamento e da etiqueta. Como dizia Yves Saint Laurent, "o importante em um vestido é a mulher que o usa".

De qualquer maneira, os códigos do consumo de luxo mudaram, mas o casal Cunha não percebeu. Depois que os chineses invadiram as grandes capitais ocidentais sedentos por grifes e monogramas (eles fazem fila na porta da Louis Vuitton em Paris), a discrição tornou-se o novo chique. Há um bocado de preconceito nisso, obviamente, mas foi a maneira que os europeus ricos encontraram de se diferenciar.

Luxo, hoje, é render-se ao dolce far niente numa praia em Tulum, no México: pés descalços, peixe fresquíssimo feito na brasa, festa com os amigos no barco, uma massagem no fim do dia. Talvez custe menos do que uma bolsa Birkin, a mais famosa da Hermès (que pode variar de R$ 30 mil a R$ 200 mil). Aliás, quantas dessas Claudia Cruz tem no closet?

*Renata Izaal é editora do Ela

Milhares de dólares lavados em grifes

As despesas da mulher e da filha de Eduardo Cunha com recursos de propinas recebidas pelo deputado

 



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