Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Confecção de Tapetes em TEAR Ajuda Pacientes na Reabilitação

Pacientes com problemas físicos e psicológicos participam de grupo que confecciona tapetes de barbante no tear. Alguns afirmaram que a pratica ajudou no tratamento físico de lesões e outros relataram que pararam de tomar calmantes após as reuniões.

Os pacientes do CRRAM (Centro de Reabilitação e Reeducação de Apoio Multiprofissional “Vitor Guilherme Foster”) têm oportunidade de aprender a confeccionar tapetes em tear. O projeto visa ajudar os pacientes através de terapia ocupacional.

A fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, Mônica Leme Dias, explicou que a atividade ajuda a coordenação motora, além ajudar mentalmente com a socialização, atenção, raciocínio e concentração. “Vejo que há pacientes que necessitam da fisioterapia há anos e algumas vezes chegam a esquecer um pouco da dor quando estão se divertindo fazendo os tapetes. É uma atividade muito relaxante para eles”, diz.

As atividades acontecem as segundas e terças-feiras, às 15h. Cerca de sete pacientes participam em cada grupo. A maioria é de mulheres, mas os homens também colocam a mão na massa. Para o início do projeto em 2011, a prefeitura adquiriu a matéria prima, que são barbantes. A madeira para a confecção dos teares foi doada pela madeireira Cipriano e a confecção foi feita voluntariamente pelo paciente Orion Aparecido Marques, 60. “Faço fisio há quatro anos e tento ajudar no que posso dentro do centro de reabilitação. Gostei muito de fazer os teares e hoje faço os tapetes nele e é uma grande terapia. Pena que é pouco tempo. Deveria ter mais dias na semana”, diz Orion.
Os alunos que querem levar os tapetes que confeccionaram para casa só precisam pagar o barbante. Quem não participa do projeto e deseja adquirir os tapetes, eles serão comercializados em eventual exposição. O dinheiro das vendas será utilizado para a compra de mais material para a manutenção das aulas. Os grupos de confecção de tapetes fazem parte do projeto “Mudança de Hábito” da Secretaria de Saúde.

Histórias – O mecânico Marcos Martins do Nascimento, 38, teve uma lesão na coluna e está afastado do trabalho. Ele relatou que estava entrando em depressão por não poder trabalhar e que a confecção dos tapetes está ajudando muito. “Já estava tomando calmantes e agora já estou muito melhor”, afirma. A comerciante Maria Célia Gomes Sasaki, 46, está gostando de aprender a trabalhar com o tear. “Tira o stress, limpa a cabeça, relaxa, conversa, tudo isso me ajuda, pois tomava remédio para depressão”, revela. A aposentada Maria Gomes Granzotti, 71, não vê a hora passar quando está com as amigas fazendo tapete. “Queria ficar mais tempo, pena que temos que sair para dar lugar às novas turmas”, lamenta. Também aposentada, Geralda Aparecida Scarpin Nicolini, 70, já acabou o seu tapete e começou outro. “É muito bom vir conversar. Meu braço ficou bom com ajuda da fisioterapia e do tear”, garante. Já Edvania Nicolini, 36, foi chamada para fazer parte do grupo para auxiliar no tratamento da depressão. Ela ainda toma remédios, mas afirmou que ficou bem mais relaxada após as aulas com o grupo.

Fonte:|http://reporternarua.com.br/index.php?conteudo=noticias&id=6524

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