Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Com a 'M', Missoni dá outra chance para seu tricô em zigue-zague no país

A saída inesperada da italiana Missoni, do mercado brasileiro, deixou muitas consumidoras órfãs do famoso tricô em zigue-zague que tornou famosa a grife no mundo inteiro. Um consolo, no entanto, é a M Missoni, segunda marca da Missoni que começou o seu movimento de expansão no Brasil. Mais acessível no preço, a M, como é carinhosamente chamada, é também mais rápida na adoção de novas tendências que surgem na moda. Focada no feminino, a marca é jovial, com apelo menos clássico e mais "fashion". Com uma loja aberta há um ano, no Fashion Mall, no Rio de Janeiro, a M vai estrear no mercado paulista dia 10 de dezembro, com uma butique no shopping Morumbi.

Com 110 m2 e projeto do escritório Grassicorrea Architects, a butique vai seguir um novo conceito de ambientação, calcada nos anos 1970. A ideia do projeto, que está sendo implantado nas butiques do mundo todo, é criar um ambiente onde as cores e os detalhes das roupas e acessórios possam prevalecer. Cores, aliás, que marcam presença na mais nova coleção da marca, inspirada na cultura do surf, do skate e do grafite - particularmente da costa oeste dos Estados Unidos.

Além de vestidos, macacões e casaquinhos de tricô, a M tem uma forte linha de acessórios que, nesta temporada, incluem "skateboards", bonés e mochilas. "A coleção tem tons e grafismos fortes, camuflagens, silhuetas amplas com apelo "grunge" e materiais como neoprene, jeans e náilon", conta Romy Dryzun, que junto com a irmã, Milly, são as master franqueadas da M Missoni no Brasil (com autonomia estratégica e administrativa). As peças de outros materiais, além do tricô, foco da marca, ajudam a complementar e a diversificar a coleção. Sem ter uma gestão familiar - engessada pela tradição - a M pode investir em novidades.

A M Missoni pertence ao Valentino Fashion Group, que foi recentemente adquirido pelo Mayhoola Investments, do Qatar. A grife está em 40 países e vive atualmente um processo de expansão. "Temos visto um trabalho de apuro no desenho das peças para ditar as tendências de moda", afirma Milly. A grife também vem investindo para reforçar a linha de acessórios, como sapatos e bolsas. "A linha 'resort', com biquínis, caftãs e outros itens de praia, também está se fortalecendo".

De acordo com Romy, a ideia é ter cautela com o mercado nacional, bastante congestionado de marcas estrangeiras. Em princípio, serão três lojas. Mas as empresárias também veem futuro na distribuição para as multimarcas, uma vez que as peças são mais acessíveis. Um vestido da grife, por exemplo, custa, em média, metade do preço de um vestido Missoni. No Brasil, por conta da carga tributária, as peças são vendidas por valores entre 30% e 40% mais altos que os praticados no mercado americano. "Apostamos na praticidade de se comprar no próprio país, no parcelamento das compras e no serviço esmerado que dispomos", diz Romy, a propósito dos fatores que levam as consumidoras a comprar a marca internamente.

A saída da Missoni do País, segundo a empresa, se deu por uma decisão estratégica, após o desaparecimento (em um acidente de avião) do executivo Vittorio Missoni, filho do fundador e diretor comercial da marca. Depois disso, a Missoni fechou as lojas do Brasil e da Rússia. Fica com a M, por enquanto, a função de fornecer às consumidoras o trabalho esmerado e original que ajudou a construir a história da Missoni

http://www.valor.com.br/cultura/3359806/com-m-missoni-da-outra-chan...

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