Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A Alpargatas, dona da marca Havaianas, fez correções de rota, reforçou suas linhas de produtos mais baratos e encerrou o primeiro trimestre deste ano com crescimento de vendas em valor e em volume. O lucro líquido subiu 15,3%, em comparação ao mesmo período de 2015, totalizando R$ 118,4 milhões. A companhia também nacionalizou a produção de cinco linhas de tênis Mizuno, para reduzir os custos com importação e oferecer preços mais competitivos.

A receita líquida da Alpargatas aumentou 9,3% de janeiro a março, para R$ 1 bilhão. Apenas no Brasil, a receita avançou 7,6%, chegando a R$ 578,1 milhões. Em volume, as vendas de sandálias Havaianas cresceram 9%, para 52,3 milhões de pares. Outros itens associados à marca tiveram alta de 101,4% no volume, para 419 mil de peças.

Em entrevista ao Valor , Márcio Utsch, presidente da Alpargatas, disse que o desempenho no mercado interno foi resultado de um trabalho de reforço da marca Havaianas junto aos consumidores e do aumento na oferta de itens de preços mais baixos. No quarto trimestre de 2015, a Alpargatas concentrou a produção em linhas de valor agregado mais alto e faltaram sandálias de preços baixos para entrega. A empresa corrigiu a produção, o que se traduziu no crescimento de vendas no país.

O desempenho no trimestre foi bem superior ao da concorrente Grendene, dona dos chinelos Ipanema e Rider. Enquanto a receita da Alpargatas aumentou 9,3% no período, a da Grendene caiu 10,5%, para R$ 475,8 milhões. Em volume, a Alpargatas teve alta de 9%, para 52,3 milhões de pares. Já as vendas da Grendene encolheram 30,8%, para 23,7 milhões de pares. Nas exportações, a Alpargatas encolheu 9,2% em volume embarcado e a Grendene teve queda de 10,1%.

Utsch também destacou, entre as medidas tomadas no trimestre, a ampliação da produção nacional dos tênis Mizuno. “Inauguramos a unidade de distribuição em Santa Rita (PB), que começou a operar de forma automatizada e há várias frentes de negociação para garantir que as despesas cresçam abaixo da inflação, trazendo melhora nas margens”, disse.

A vendas de calçados esportivos da companhia, no entanto, tiveram queda de 22,1% em volume no primeiro trimestre, para 995 mil pares. As vendas totais de artigos esportivos recuaram 25,5%, para 2,12 milhões de peças (incluindo a operação da Argentina).

Utsch observou que as linhas da Mizuno se encaixam em faixas de preço mais altas (acima de R$ 200) e esse segmento enfrenta queda na demanda. A Alpargatas substituiu cinco linhas importadas pela produção local e com isso espera oferecer produtos a custos e preços mais baixos no segundo semestre.

A marca Osklen, por sua vez, apresentou crescimento de 7,3% em volume de vendas no primeiro trimestre, totalizando 320 mil peças. Em receita, houve incremento de 5,4%. Ustch disse que, como outras fabricantes de artigos de vestuário e calçados, a companhia enfrentou dificuldades em abril, com a queda de visitas de consumidores às lojas, devido à recessão e ao clima mais quente, que atrapalhou as vendas das linhas de outono/inverno. Apesar disso, Utsch vê sinais de melhora no desempenho no segundo trimestre do ano.

“Em abril o clima atrapalhou o varejo, mas a tendência para Osklen e Havaianas está melhor em maio do que no primeiro trimestre. Temos sinais muito bons para as marcas”, afirmou Utsch.

Os resultados apresentados pela Alpargatas já excluem as vendas de Topper e Rainha no Brasil, que foram vendidas para o Grupo Sforza, do empresário Carlos Wizard, no ano passado. As operações de Topper e Rainha no Brasil tiveram prejuízo de R$ 2,6 milhões no primeiro trimestre deste ano, ante um prejuízo de R$ 3,5 milhões no primeiro trimestre do ano passado. O lucro líquido consolidado da Alpargatas, incluindo as operações descontinuadas, foi de R$ 115,8 milhões, com alta de 16,7% ante o primeiro trimestre de 2015.

No mercado internacional, as vendas da companhia cresceram 23,7% em receita, para R$ 235,7 milhões. A alta deveu-se à variação cambial e à elevação dos embarques para Europa, Oriente Médio e norte da África. No período, o dólar apreciou 36,6% em relação ao real e o euro apreciou 33,3%. Em volume de pares de Havaianas, houve queda de 10,2%, para 8,7 milhões de pares. As exportações de outros produtos aumentaram 10,6%, para 166 milhões de peças.

 

 

Fonte: http://www.pressreader.com

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Julio Caetano
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