Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
Com foco no hemisfério sul, Cotton On chega ao Brasil
Robert Kenny, responsável pela expansão da Cotton On: plano da rede, que tem 1.364 lojas em 16 países, é abrir mais mil unidades no mundo em cinco anos
Maior varejista de moda da Austrália, a Cotton On desembarca no Brasil no próximo mês, com a abertura de sua primeira loja no Shopping Center Norte, em São Paulo. Com 1.364 lojas em 16 países, a companhia tem planos de abrir mil unidades no mundo nos próximos cinco anos. O mapa de crescimento prioriza o sul dos continentes africano e americano, no qual o Brasil é peça-chave, diz Robert Kenny, executivo responsável pela expansão do grupo.
Fundada há 23 anos pelo empresário Nigel Austin, hoje com 42 anos, a Cotton On ficou conhecida pela sua rápida expansão de oito anos para cá. Até 2005, a empresa tinha 50 lojas. O crescimento ganhou fôlego mesmo sem oferta pública inicial na bolsa ou aporte de fundos de investimento. "Todo dólar que ganhou Austin reinvestiu no negócio. É simples: as lojas que abrimos a cada ano são fruto do lucro que apuramos no ano anterior", explica Kenny, que está no Brasil para a inauguração da loja do Center Norte, programada para o dia 11.
Kenny está há quatro anos na empresa. Antes disso, trabalhava na concorrente The Just Group, que há pouco tempo era a maior companhia do setor na Austrália. A ultrapassagem da Cotton On foi rápida. "Quando a Cotton On tinha 50 lojas, oito anos atrás, a Just já tinha mil", conta. A Cotton On não revela dados financeiros
Segundo o executivo, a elevada taxa de importação no Brasil (de 35%) não intimida. Na África do Sul, onde a taxa é de 45%, a rede Cotton On conseguiu alcançar 100 lojas em apenas três anos de atuação. Para se ter uma ideia, a Zara demorou 14 anos para chegar a 50 lojas no Brasil.
Para Kenny, um grande diferencial competitivo da companhia no Brasil é o fato de a Cotton On ser uma empresa do hemisfério sul, diferentemente de outras multinacionais que chegaram ao Brasil recentemente, como as americanas Gap e Forever 21.
Na prática, significa que as coleções da Cotton On serão lançadas simultaneamente na Austrália e no Brasil, o que confere mais rapidez e economia de despesas ao negócio.
Cerca de 85% dos produtos que a Cotton On vai vender por aqui custarão para o consumidor entre R$ 29 e R$ 99. Ele diz que o Brasil tem um mercado bastante concorrido nos nichos extremos - de luxo e popular - mas que ainda reserva muitas oportunidades na faixa de preços intermediária.
"A prioridade é entrar no mercado de forma competitiva. E o fato de sermos uma companhia fechada nos deixa mais confortáveis para absorver os custos da operação até que ela adquira um tamanho relevante". Ele diz que companhia não tem ambição de se listar em bolsa.
A empresa tem lojas na Nova Zelândia, África do Sul, alguns países da Ásia e do Oriente Médio. Além disso, está presente no Estados Unidos e na Alemanha.
No Brasil, a velocidade de expansão da companhia vai depender do desempenho da sua primeira loja, que será avaliado durante as cinco semanas após a inauguração. "A partir daí, a empresa vai começar a analisar outras oportunidades de abrir lojas em São Paulo ainda este ano", diz Kenny.
Segundo o executivo, a decisão de trazer a Cotton On ao Brasil ocorreu durante uma viagem com a família três anos atrás. Ele diz que "tem uma visão de 20 anos para os negócios no Brasil, não de um ano".
O projeto para o país abarca, inclusive, começar a produzir localmente. "Achamos que o país tem uma atrativa indústria de calçados e de denim".
Atualmente, a maior parte dos produtos da Cotton On são produzidos na China e Bangladesh.
Com oito marcas no varejo, a Cotton On tem formatos flexíveis de lojas. A unidade no Brasil - com 300 m 2 - será da bandeira carro-chefe da empresa, a Cotton On, que vende roupas para o público feminino e masculino adulto. "No curto prazo, queremos trazer lojas maiores, nas quais vendemos várias de nossas marcas no mesmo espaço", diz.
O maior formato de loja da Cotton On tem 3 mil m 2. Entre as marcas mais conhecidas da empresa, estão as Cotton On Kids, Cotton On Body e a Rubi Shoes.
Respostas a este tópico
-
Permalink Responder até Romildo de Paula Leite em
-
Atualmente, a maior parte dos produtos da Cotton On são produzidos na China e Bangladesh.
-
-
Para variar.
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
UNITÊXTIL FORTALEZA
Eventos
© 2024 Criado por Textile Industry.
Ativado por
