Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

 

Se depender da opinião de Roberto Chadad, presidente da ABRAVEST Associação Brasileira do Vestuário, as roupas serão chinesas. Nestes dias em que a Tecelagem Renaux, pioneira em Brusque no ano de 1892, é notícia pela autofalência, o episódio vivido na FIESP há alguns anos, com a visita da Ministra Comercial da China veio à memória. Nessa ocasião, Chadad indagou como a China conseguia vender uma calça de jeans por US$ 7,50, ao que a ministra respondeu que era por causa dos impostos e, portanto, um problema para o Brasil, pois os tinha muito altos.

 

Na realidade, a verdade é mais ampla, pois em 1990 com a abertura no governo Collor foi estabelecida uma graduação de desagravo nas importações de têxteis e confecções. Não houve um entendimento ideal entre os agentes nacionais que fabricavam bens de capital, tecidos e roupas, como também não ocorreu a modernização necessária. Ao mesmo tempo os impostos subiram e os agravos de importação nos tecidos e nas roupas não inibiram a entrada no mercado brasileiro de tecidos e roupas importadas, enquanto o produto nativo brasileiro é hoje tributado de 38% a 41% na loja.

 

A partir daí começamos a entender o drama da Renaux, se incluir outras eventuais falhas de gestão, que certamente impediram de traçar estratégias de escape que funcionassem. Por exemplo, a da Hering ou da Santa Constância, com caminhos diferentes. Uma pela escala e posterior entrada no varejo, outra pela escolha de um nicho de moda.

 

Para chegar à verdade inteira é preciso considerar as condições oferecidas à mão de obra asiática comparativamente com a brasileira, bem como a tributação ao produto nacional. Vamos concluir que este é realmente um “negócio da China” como se dizia no tempo de Noel Rosa. Só que hoje o “negócio da China”, é para a China.

http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/platb/miltonjung/2013/08/14...

Por Carlos Magno Gibrail

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   Se depender da opinião de Roberto Chadad, presidente da ABRAVEST Associação Brasileira do Vestuário, as roupas serão chinesas.

  Vamos concluir que este é realmente um “negócio da China” como se dizia no tempo de Noel Rosa. Só que hoje o “negócio da China”, é para a China.

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