Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Para alavancar o comércio virtual, o presidente da Câmara do Vestuário da Findes, Bruno Moreira Balarini, avalia que as marcas precisam se comunicar melhor.

O debate sobre a “taxa das blusinhas” – que instituiu uma alíquota de 20% para importações em sites estrangeiros de produtos com valor até US$ 50, com o objetivo de frear as importações e fortalecer a produção nacional – reflete os desafios enfrentados pelo setor de vestuário e acessórios no Brasil e, consequentemente, no Espírito Santo. A concorrência online e as novas demandas estão redefinindo o mercado e seus lucros.

“Como a medida (da taxação) passou a valer a partir de agosto deste ano, ainda é muito cedo para dizer se houve um impacto significativo na indústria têxtil nacional, mas a tendência é que sim. A exportação no setor de vestuário é muito pequena, apenas alguns nichos. A maioria da produção capixaba é para abastecer o mercado nacional, em especial a região Sudeste e pequenas e médias empresas pulverizadas dentro do Estado”, explica o presidente da Câmara do Vestuário da Findes, Bruno Moreira Balarini.

Dados da Receita Federal indicam que a medida já surtiu efeito, com uma queda superior a 40% no número de produtos importados desde sua implementação. Considerando que cerca de 60% das compras virtuais são de vestuário e acessórios, segundo a pesquisa “E-commerce Trends 2024”, o impacto é evidente.

Segundo Balarini, a indústria do vestuário e acessórios no Espírito Santo movimenta cerca de 1.300 empresas e gera algo em torno de 12 mil empregos diretos. “Mais de 67% desses trabalhadores são mulheres. Ainda assim faltam profissionais para trabalhar. É um setor que absorve bem a mão de obra do primeiro emprego, nas áreas administrativas, operacionais, de costura e criação, entre outras”, ressalta.

Já em todo o país, a indústria têxtil é responsável por 2% do PIB nacional e gera mais de 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos, de acordo com dados Associação Brasileira do Vestuário Têxtil (Abvtex). A expectativa é de que sejam comercializadas 971,8 milhões de peças de vestuário e que isso movimente R$ 47 bilhões até o final de 2024, segundo estudo da associação.

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Já a consultoria Inteligência de Mercado (Iemi) projetou que o varejo de moda deve apresentar um crescimento de 10,1% na quantidade de peças comercializadas e de 13,1% em valores nominais este ano.

“O mercado está um pouco mais estável, com visão de crescimento em relação aos anos anteriores, dando espaço para marcas que estão investindo em coisas novas para se destacarem, está mais competitivo, exigente”, destaca o presidente.

*Esta matéria foi publicada originalmente na revista ES Brasil 225, publicada em dezembro. Leia a edição completa da Retrospectiva 2024 aqui.

Por Cristiano Stefenoni

https://esbrasil.com.br/comercio-virtual-dita-a-moda-na-industria-t...

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