O anúncio do diretor criativo Matthieu Blazy na Chanel gerou curiosidade sobre a nova fase da maison e o "fim da era Virginie Viard"; mas, essa não foi a única movimentação "disruptiva" que o mercado da moda assistiu neste ano; aqui, uma retrospectiva desses anúncios, dos quais veremos os frutos nas temporadas 2025.
Chanel na Semana de Moda de Paris — Foto: Divulgação e Marie Claire
Talvez em poucos segmentos criativos se faça tanto barulho diante das mudanças no quadro de profissionais quanto no da moda. Nesta semana, por exemplo, a chegada de Matthieu Blazy na Chanel, comunicada pela maison na quarta-feira (12), criou expectativas no público que acompanha a história da casa: como se dará a integração entre a personalidade profissional do estilista e o trabalho que estava sendo feito dentro da casa por Virginie Viard?
Matthieu estava na Bottega Veneta. No lugar dele, entra Louise Trotter -- o grupo Kering, a qual a grife pertence, afirmou que ela tem estética que "combina perfeitamente design requintado com artesanato sublime" e que "seu compromisso com a defesa cultural se alinha maravilhosamente com a visão de nossa marca" --, que, por sua vez, já passou por Carven e Lacoste. Ela começa na Bottega em janeiro de 2025.
A mudança se dá no meio do que crítica de moda do New York Times Vanessa Friedman chama de "o ano mais disruptivo na moda em décadas"; tudo porque sete casas de moda anunciaram novos designers para as temporadas de 2025.
Para a jornalista, inclusive, o presidente de moda da Chanel Bruno Pavlovsky disse que espera "modernidade" de Blazy à frente da grife. "Temos muita confiança na capacidade de Matthieu de trazer modernidade e uma abordagem diferente para a Chanel”, disse, durante uma entrevista em vídeo.
A seguir, um mapeamento de todas essas transformações, "fins de uma era" e o que esperar para o ano que vem.
Em outubro, Hedi Slimane deixou o cargo de diretor criativo, artístico e de imagem depois de sete anos. Agora, o estilista norte-americano Michael Rider assume o comando. Sua última colocação foi como diretor criativo da Polo Ralph Lauren, onde ficou de 2018 até o final de maio de 2024.
A chegada de Rider é vista como um "de volta para casa". Isso porque ele foi, por dez anos, diretor de design da marca, sob a gestão de Phoebe Philo. "Estou encantada em dar as boas-vindas a Michael de volta à Celine, uma maison que ele conhece profundamente. A visão de Michael, seu talento criativo, juntamente com sua natureza genuína e forte conexão com a herança da Celine, fazem dele a escolha natural para continuar construindo um sucesso duradouro para a maison", disse Severine Merle, CEO da Celine, à época do anúncio.
Com estreia prevista para março do ano que vem, Sarah Burton é a segunda mulher que assume o posto de direção criativa da Givenchy -- a primeira foi Clare Waight Keller, de 2017 a 2020. Burton deixou Alexander McQueen e se disse animada para "escrever o próximo capítulo da história desta casa icônica". Ela assinará coleções femininas e masculinas.
A Lanvin retorna às passarelas em 2025, depois de dois anos sem desfilar na Paris Fashion Week. Com Peter Copping como diretor artístico, a retomada é vista como um renascimento da maison francesa. "Estou confiante que com sua visão e rigor técnico, e com a perseverança contínua da nossa equipe global, nós vamos ultrapassar uma nova fronteira na moda e entregar beleza e resultados na mesma medida”, escreveu o chefe de negócios da etiqueta, Siddharth Shukla, na ocasião, em relação ao que veremos em 2025.
A Calvin Klein apostou em um nome feminino para 2025: a italiana Veronica Leoni, anunciada cinco anos após a saída de Raf Simons, último responsável pela direção criativa, no final de 2018. A expectativa é alta para que Leoni corresponda ao que espera Emanuel Chirico, presidente e diretor executivo da PVH Corp., empresa-mãe da Calvin Klein, que, ainda em 2018, disse que a marca precisava se direcionar para algo mais comercial.
"Embora muitas das categorias de produtos tenham apresentado um bom desempenho, estamos desapontados com a falta de retorno sobre nossos investimentos na linha Calvin Klein 205W39NYC e acreditamos que alguns dos produtos relançados da Calvin Klein Jeans foram excessivamente sofisticados e não venderam tão bem quanto planejamos", disse, à época.
Veronica fica responsável pelo feminino e pelo masculino, roupas íntimas e acessórios masculinos e femininos e estreia na passarela da temporada de outono/inverno 2025 da Semana de Moda de Nova York.
O colombiano Haider Ackermann assume a direção criativa da Tom Ford depois de temporadas pouco animadoras apresentadas por Peter Hawkings -- que saiu da grife em julho de 2024. Considerado maestro das alfaiatarias, Ackermann tem a tarefa de reaproximar o estilo Tom Ford do legado de seu fundador.
Em setembro, a fundadora da marca italiana se despediu da direção criativa da marca que leva seu nome com um recado pessoal após desfilar na semana de moda de Milão. O sucessor veio internamente: Lorenzo Serafini, que já fazia parte do grupo Aeffe, ao qual a grife pertence. Serafini trabalhou na Roberto Cavalli e na Dolce&Gabbana.
O "fim de uma era" aconteceu em março para Dries Van Noten. Ele comunicou sua aposentadoria, dizendo, em nota, que estava "triste, mas, ao mesmo tempo, feliz". "Sinto que é o momento para dar espaço para que uma nova geração de talentos traga sua visão a marca."
Dries Van Noten é conhecido pelas combinações de estampas, texturas.... O sucessor será Julian Krausner, que já fazia parte da equipe de estilo da grife e que apresenta seu trabalho em março do ano que vem.
Por
Nathália Geraldo, redação Marie Claire — São Paulo (SP)
https://revistamarieclaire.globo.com/moda/noticia/2024/12/como-danc...
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