Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI


OMAR | Críticas ao Inmetro e à falta de subsídios do governo

As dificuldades do setor têxtil na última década, agravadas pela crise econômica, fizeram com que as indústrias de Americana perdessem espaço na competição com os chineses. Essa é a visão do prefeito de Americana, Omar Najar (PMDB), empresário do setor. Para ele, a concorrência é desleal.
Omar considerou que o aumento do dólar no último ano ajudou a indústria. Segundo o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), o superavit da balança comercial entre janeiro e agosto foi o maior em 28 anos. O estudo da pasta indicou que, nos oito primeiros meses, o saldo positivo de exportações sobre importações foi de US$ 32,37 bilhões. O resultado coincidiu com a alta do dólar, que no primeiro semestre ultrapassou os R$ 4, o que inibiu as compras e incentivou a venda para fora do País.
"A alteração do valor do dólar ajudou um pouco a indústria têxtil, mas continuamos passando dificuldades. Nós não podemos sustentar a indústria do jeito que está. Se a competição fosse idêntica, nós teríamos condição de competir. Pagamos o telefone mais caro do mundo, a energia mais cara do mundo, veículos mais caros, tudo é mais caro. Não dá para sustentar", criticou Omar.
O chefe do Executivo destacou que a rigidez do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) no controle de qualidade dos produtos nacionais não é a mesma com os importados.
"Nós somos regidos e perseguidos pelo Inmetro, enquanto produtos chineses entram pelo porto, vão para os distribuidores e se o Inmetro fizer alguma verificação e a metragem tiver errada, ninguém responde por isso. Enquanto o industrial brasileiro paga um dinheiro absurdo que às vezes é confiscatório", reclamou.
IMPACTO NO VALOR
Para o prefeito, as contribuições e direitos trabalhistas pesam no setor e impedem a elaboração de um preço mais competitivo.
"Lá (na China) existe trabalho escravo, funcionário não tem privilégio e uma série de direitos que aqui no Brasil nós temos. Acho justo, o funcionário tem que receber, tem que ter os privilégios. Mas o governo (federal) tem que subsidiar a gente ou taxar o produto chinês. Nosso trabalhador é bom, competente e sabe fazer, ao contrário do produto que chinês, que é sempre de péssima qualidade", disse.

Exibições: 697

Responder esta

Respostas a este tópico

O que mais me incomoda são críticas que somente arranham a superfície do problema, nunca o núcleo, que é justamente a ausência de livre mercado em nosso país. Falar em câmbio quando nossas indústrias vivem de matérias primas do mundo todo beira a aberração, vindo de quem vem (a Najar é um dos maiores importadores de fios de poliéster no seu ramo).

A concorrência de fato é desleal mas não por culpa dos chineses, que obviamente fizeram a lição de casa, mas por culpa do Estado brasileiro, que onera e impede que nós nos desenvolvamos e operemos de forma adequada. Para piorar ainda mais o quadro, ano que vem tem bloco K, aperto das medidas fiscais por parte da receita, e constantes aumentos de IPTU e alíquotas em geral do ICMS. Rondam ainda algumas propostas que querem impedir o empresário de demitir sem justa causa (como se gostássemos disso), além de outras que penalizam ainda mais o produtor. 

O comentário do Prefeito foi feito como Prefeito que precisa de arrecadação em uma prefeitura despedaçada, porém o mesmo é Prefeito e Empresário, se o fizesse somente como empresário não o faria com esta veemência, pois os deputados e senadores de nossa cidade/ região são amigos (Sardelli e os Macris) não erguem uma palha para defender ou propor mudanças e aposto que não sofrem o mínimo de pressão por parte da população, imprensa local e dirigentes políticos da cidade. O que o pessoal faz é babar quando os encontra , haja visto reportagens com este que deveriam ser nossos representantes.

os tecidos da China não são de péssima qualidade, ele simplesmente esta em todas as lojas do Brasil, nas roupas mais baratas, precisamos de novos ciclos voltados para sustentabilidade, e são direitos dos funcionários e não privilégios, privilegio quem tem é político brasileiro.


Perfeitas suas considerações, muito a acrescentar, mas para o momento é suficiente, nós da industria sofremos muito pela falta de mercado, tudo seria arranjado se houvesse consumo, como caiu, os pedidos minguaram, então se alguem está errado é o Governo Federal, com taxas abusivas de juros, leis equivocadas, politica industrial inexistente, crise econômica e tantas outras coisas mais.
Henrique Zucatelli disse:

O que mais me incomoda são críticas que somente arranham a superfície do problema, nunca o núcleo, que é justamente a ausência de livre mercado em nosso país. Falar em câmbio quando nossas indústrias vivem de matérias primas do mundo todo beira a aberração, vindo de quem vem (a Najar é um dos maiores importadores de fios de poliéster no seu ramo).

A concorrência de fato é desleal mas não por culpa dos chineses, que obviamente fizeram a lição de casa, mas por culpa do Estado brasileiro, que onera e impede que nós nos desenvolvamos e operemos de forma adequada. Para piorar ainda mais o quadro, ano que vem tem bloco K, aperto das medidas fiscais por parte da receita, e constantes aumentos de IPTU e alíquotas em geral do ICMS. Rondam ainda algumas propostas que querem impedir o empresário de demitir sem justa causa (como se gostássemos disso), além de outras que penalizam ainda mais o produtor. 

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço