Confecções do MA diversificam produtos após projeto de capacitação

[Romildo de Paula Leite]

Malharia de São Luís passou a fabricar bolsas para eventos e bonés.
Cursos melhoram a gestão, acesso à tecnologia e qualificam mão de obra.

Em São Luís, no Maranhão, mais de 50 empresas do setor de confecção participam de um projeto para melhorar a gestão e inovar nos negócios. Com a capacitação, a produção das peças de empresas que fazem camisetas promocionais e uniformes escolares ficou mais organizada.

Sônia Assad tem uma confecção que hoje ocupa 200 metros quadrados, e conta com 10 funcionários. Para quem fazia roupas no fundo do quintal, há 16 anos, a empresária cresceu bastante. “Eu não sei se eu moro com a empresa ou ela mora comigo, eu sei que a gente convive junto”, brinca.

Sônia investiu em capacitações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para profissionalizar o negócio. Ela participa do projeto “Indústrias de pequeno porte da região de São Luís” desde junho do ano passado. A ação atende confecções e empresas de alimentos. Os objetivos são o de melhorar a gestão, o marketing e o acesso à tecnologia, além de qualificar a mão de obra.

“Nós conseguimos pleitear alguns cursos de capacitação técnica, que são os cursos de corte, corte industrial, modelagem, moda praia, e também aprofundar um pouco na parte de máquinas”, explica Rosângela Ribeiro, do Sebrae.

As costureiras da empresa fizeram os cursos e a qualidade das peças melhorou. O produto mais fabricado no local é o uniforme escolar. O projeto do Sebrae também incentiva a inovação nas empresas. Sônia, por exemplo, comprou uma impressora especial e uma prensa térmica para fazer roupas esportivas. O investimento foi de cerca de R$ 50 mil.

Outra mudança, após as capacitações do Sebrae, foi em relação ao controle de caixa da empresa. “Depois das consultorias, a gente está tendo um controle melhor da empresa, eu já sei o que eu o que ganho, o que eu gasto”, afirma.

A confecção atende com exclusividade oito escolas da região, o que dá um total de 12 mil alunos. A empresária sempre produz novos modelos para manter as vendas em alta. Na época de volta as aulas, o faturamento do negócio é de cerca de R$ 50 mil por mês.

“Eu mantenho esses clientes pela qualidade do tecido, da qualidade do fabricar a roupa, no bom atendimento, da atenção que eu tenho com o cliente”, explica.

Diversificação
A empresária Fátima Parga e a filha, Liliane, comandam uma malharia, em São Luís. O negócio que começou há 23 anos, hoje conta com 45 funcionários. “Nós estamos aprimorando os nossos funcionários e aprimorando também os gestores da empresa”, diz Fátima.

A empresa também investiu na qualificação da mão de obra após participar do projeto do Sebrae. “Os empresários sentem essa necessidade hoje em dia de ter mais funcionários capacitados no mercado”, reforça a especialista da entidade.

A camiseta promocional para eventos é o principal produto da empresa, que fabrica cerca de 30 mil peças por mês. Máquinas com funções específicas garantem a alta produtividade.

Devido à grande insistência dos clientes, a empresa começou a fazer outras peças, como bolsas para eventos. Foi a grande sacada. Atualmente, a produção mensal é de 20 mil bolsas e o produto já representa 30% do faturamento.

A empresa fatura R$ 200 mil por mês, e continua a diversificar. Hoje, são feitos brindes e até bonés. “Como o leque da malharia acaba sendo diversificado, a gente acaba abrindo um leque maior de clientes. Consequentemente, maior o lucro e maior a nossa credibilidade no mercado”, diz Liliane, que ocupa o cargo de gerente administrativa na empresa.

CONTATOS:
Central de Relacionamento: 0800-570-0800
www.sebrae.com.br

ASSAD CONFECÇÕES
Contato: Sônia Maria Assad Martins (Empresária)
Rua Monte Alverne, 08- Vila Passos
São Luis/ MA – CEP: 65025-620
Telefone: (98) 3221-3430
E-mail: [e-mail]

MALHARIA VITÓRIA
Contato: Maria de Fátima Frazão Parga
Av. Um, 91A- Bequimão
São Luis/ MA - CEP 65062-190
Telefone: (98) 3236-3927 / (98) 3236 2130
Site: www.malhariavitoria.com.br
E-mail: [e-mail]

http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2014/02/confeccoes-do-ma-d...