Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O mercado de confecções despertou para o nicho formado pelas clientes que usam roupas de tamanhos grandes, segmento conhecido como 'plus size'. O número de lojas que disputam esse filão é crescente, e os lançamentos ficam cada vez mais refinados. Segundo dados do IBGE, o percentual de brasileiros com mais de 20 anos e que está acima do peso já representa, entre os homens, 51,1% da população. Desses, 12,4% são considerados obesos. Entre as mulheres, na mesma faixa etária, 48% estão acima do peso e 16,9% são obesas.

A empresária Mariana Gandolfo há dois anos migrou do mercado financeiro para esse segmento. A opção veio da experiência pessoal, já que ela é ex-gordinha e a família é adepta dos manequins grandes. Ao lançar a marca La Mafê, cujo faturamento anual gira em torno de R$ 265 mil, Mariana optou por criar e desenvolver os modelos e tercerizar a produção como forma de reduzir custos. A empresária iniciou com uma produção de 400 peças e hoje alcança duas mil por estação.

O fator decisivo para aumentar a produção foi o início das vendas online, por meio de um canal próprio de vendas. Segundo Mariana, o comércio online, somado à contratação de representantes comerciais, resultará em crescimento de 60% no faturamento em 2012. Como já realizou vendas, ainda que pequenas, para Portugal, Espanha, Japão e África do Sul, a La Mafê ganhou experiência para tentar entrar nos EUA. "Quero aumentar de 5% para 15% as exportações", afirma. A tabela de preços, segundo ela, também é adequada à exportação, já que os preços de atacado vão de R$ 55 a R$ 148.

Já a Milanina, criada em 1999, inicialmente trabalhava só com tamanhos do 36 ao 46. "Seis meses depois da abertura, lançamos com sucesso modelos atualizados em tamanhos grandes", conta Cláudia Akl. A partir de 2009, a empresa focou no plus size. "Produzimos 12 mil peças ao mês, comercializadas pelo sistema de atacado, pelas duas lojas próprias, pelas quatro franquias e pelo site, lançado em 2011", afirma a executiva. O volume anual de peças tem crescido 15% e o faturamento 20% em média anualmente. " A meta é chegar a 35% em 2012", diz.

Na Kauê, empresa familiar com 13 lojas de varejo em São Paulo e Grande São Paulo, as vendas de peças masculinas e femininas se equiparam. Mas há uma notável diferença no comportamento do consumidor masculino do passado e hoje, como explica a gerente de marketing da marca, Eliana Chican. "O cliente atual exige, além de uma roupa confortável para o seu tamanho, detalhes de moda". Com preços que variam de R$ 29 (camisetas) a R$ 110 (camisa polo), o tíquete médio nas lojas é de R$ 220.

No momento, a Kauê passa por um processo de reestruturação, com o objetivo de expandir as atividades por meio de franquias. Ao mesmo tempo, investe na comercialização pelo site, o que permitirá, segundo Eliana Chican, aumentar as vendas no atacado pelo Brasil. Embora não divulgue números, a executiva afirma que o percentual de crescimento em volume tem sido de 20% ao ano, com tendência de subir com a ampliação da rede".

Fonte:|http://www.valor.com.br/especiais/2592452/confeccoes-atendem-client...

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