Congresso Brasileiro do Algodão: como a Abrapa transformou o encontro na principal vitrine da cotonicultura brasileira 10 de novembro de 2025

Há dez anos a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) assumiu a organização do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA).

Desde que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) começou a organizar o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), na sua 10ª edição em 2015, o encontro deixou de ser apenas um fórum setorial para se tornar o maior evento da cadeia do algodão na América Latina em escala, conteúdo e relevância.


Para produtores e profissionais da área, o CBA tornou-se central para atualização técnica, realização de negócios e fortalecimento das iniciativas que garantem valor agregado ao algodão brasileiro. É um fórum especialmente estratégico à medida que o país consolida sua posição nos mercados internacionais.


O que mudou desde 2015


Quando a Abrapa passou a conduzir o CBA, o objetivo era profissionalizar o formato, ampliar a interlocução entre ciência e mercado e transformar o congresso em um núcleo de inovação capaz de apoiar a expansão da pluma brasileira. A associação implantou comissões distintas, a organizadora e a científica, para reforçar a independência da avaliação técnico-científica dos trabalhos apresentados, elevando a credibilidade acadêmica do evento e atraiu um público cada vez mais qualificado.


Os números também mostram como o evento evoluiu no período de 10 anos. O crescimento de público foi de mais de 120% saindo de 1.515 inscritos no 10º CBA, em 2015, para 3.327, no 14º, em 2024. Quando o assunto é produção científica, a última edição bateu recorde com 288 artigos aprovados superando a média de 225 trabalhos das 7 últimas edições. Se o foco é difusão de conhecimento, desde que a Abrapa assumiu a organização do congresso, este movimentou mais de 535 palestrantes, realizou 30 plenárias e 110 salas temáticas/hubs e 26 workshops consolidando o debate de uma vasta diversidade de temas que vão desde abordagem técnica a mercados, passando por qualidade de fibra, promoção e sustentabilidade entre tantos outros. Surpreende ainda a evolução de marcas que marcam presença na área de exposição do congresso. Em 2015, o CBA contava com 27 patrocinadores, em 2024, o portfólio de marcas presentes somava 62 e a previsão é que em 2026, ultrapasse 80.


Comissões independentes


A independência da comissão científica permitiu ao congresso conciliar interesses distintos.


“Atender patrocinadores e a cadeia produtiva é papel da comissão organizadora, ao mesmo tempo em que a comissão científica se baseia em critérios puramente técnico-científicos de seleção e avaliação de trabalhos e palestras", explica Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa.


“Esse equilíbrio é determinante para atrair submissões de qualidade, fomentar parcerias de pesquisa e garantir o alto nível dos debates valorizados por universidades, centros de pesquisa e empresas de inovação”, avalia a diretora.


Temas que marcaram a década sob gestão Abrapa


Ao longo desses dez anos, o CBA consolidou temáticas estratégicas para o setor algodoeiro, como sustentabilidade e certificações, eficiência hídrica e manejo agronômico, rastreabilidade da pluma, comparação com fibras sintéticas, bioeconomia e inovação biotecnológica, e a interface entre produção e demandas do mercado global. A diversidade de salas temáticas e a inclusão de sessões de pôsteres e workshops garantiram difusão prática de tecnologia para produtores de diferentes escalas.


Para o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, o sucesso do CBA se apoia na combinação entre organização profissional e conteúdo técnico robusto. “Cada edição do CBA que realizamos, divulgamos relatórios anais dos conteúdos apresentados no evento, essas publicações mostram como a troca entre pesquisadores e produtores acelerou a adoção de boas práticas que hoje fazem parte da realidade da produção do algodão brasileiro”.


Ferraresi também atribui à organização da Abrapa que o fato do evento ter atingido o patamar atual de tamanha importância para o setor. “Em dez anos sob responsabilidade da Abrapa, o Congresso Brasileiro do Algodão deixou de ser apenas um ponto de encontro bianual e se transformou em uma plataforma de definição de agendas técnicas, ambiente de negócios e principal vitrine da cotonicultura brasileira.”, afirmou a diretora.


Expectativas para a 15ª edição


O tema da 15ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão será “Algodão Brasileiro: Fibra Natural. Uma jornada com propósito, qualidade e transparência”. O evento já está em fase avançada de planejamento. Programado para 22 a 24 de setembro, em Belo Horizonte, o evento terá três plenárias principais, 24 salas temáticas e ao menos quatro workshops técnicos. A organização trabalha para reunir entre 100 e 110 palestrantes e alcançar a marca recorde de 300 trabalhos científicos submetidos.


A próxima edição abrirá espaço para temas emergentes, como bioinsumos, agricultura digital, mitigação de estresses térmicos e hídricos e uso de inteligência artificial no campo, sem perder de vista desafios já conhecidos da cotonicultura, como o bicudo-do-algodoeiro e a mancha-alvo.

https://abrapa.com.br/2025/11/10/congresso-brasileiro-do-algodao-co...

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