O tratamento de efluentes é uma atividade exigida por lei que consiste em uma série de processos para eliminar os contaminantes presentes em líquidos residuais antes de serem devolvidos à natureza ou reutilizados para outros fins não potáveis.
Os efluentes que necessitam de tratamento, podem ser gerados por empreendimentos de diversos tipos e são divididos entre duas categorias: os domésticos e os industriais. Os efluentes domésticos são aqueles provenientes de residências, edifícios comerciais, indústrias, instituições ou quaisquer edificações que contenham banheiros e/ou cozinhas, consistindo basicamente de líquidos de hábitos higiênicos e das necessidades fisiológicas, como fezes, urina, resto de comida e lavagem de áreas comuns.
Já os industriais são as águas residuais advindas de diversas etapas de um processo produtivo, as quais suas características químicas, físicas e biológicas variam de acordo com o ramo de atividade da indústria. Ou seja, são os despejos líquidos provenientes das áreas de processamento industrial, incluindo os oriundos das etapas de produção, de lavagem, de limpezas e outras fontes, que comprovadamente apresentem poluição por produtos utilizados ou produzidos no próprio estabelecimento.
Independente da categoria, ambos precisam passar por processos adequados antes de serem descartados a fim de evitar danos graves ao meio ambiente, à saúde e até mesmo à imagem da própria empresa.
Para tal, existem alguns métodos, e a escolha do tratamento ideal depende da composição dos materiais e substâncias a serem processadas.
Os principais métodos de tratamento de efluentes existentes são o físico químico e o biológico. Entenda no que consiste cada um:
O tratamento físico faz a remoção de contaminantes sólidos e misturas coloidais em suspensão sedimentáveis ou flutuantes por meio de separações físicas, utilizando processos como gradeamento, peneiramento, caixas separadoras de óleos e gorduras, desarenadores e flotação.
No processo de tratamento químico os poluentes são removidos através da alteração da composição molecular do efluente utilizando produtos específicos em seu processo, como agentes de coagulação, floculação, neutralização de pH, oxidação, redução e desinfecção.
De modo geral, cada processo de tratamento recebe substâncias específicas determinadas mediante análises em laboratório que simulam as reações e buscam encontrar o método de maior eficiência no tratamento com o menor consumo de insumos.
Entre os principais processos, estão: clarificação química e eletrocoagulação, precipitação de fosfatos, oxidação por ozônio, redução do cromo hexavalente, oxidação de cianetos, precipitação de metais tóxicos e troca iônica.
No caso do tratamento biológico, o processo é realizado por meio de bactérias e outros microrganismos que consomem a matéria orgânica poluente através do método respiratório.
O tratamento ocorre em lagoas de aeração equipadas com milhares de difusores de ar que fornecem o oxigênio necessário. Em seguida, o efluente é encaminhado para as lagoas de decantação, onde o material sólido, como os flocos biológicos, se decantam formando o lodo de esgoto.
Os resíduos que podem ser tratados nesse método são os comumente advindos das caixas de gordura e fossas sépticas, dos aterros sanitários (chorume) e das empresas que geram efluentes industriais biodegradáveis.
Cada método destina-se a situações específicas, porém há casos em que ambos podem ser combinados. Um exemplo prático são os casos de despejos provenientes de indústrias químicas, que atendem em diversos segmentos sendo coletados separadamente, recebendo tratamento específico na neutralização e remoção dos poluentes.
No entanto, realizar o tratamento biológico mesmo nos efluentes que já passaram pelos processos físico químico, é uma maneira ainda mais segura de garantir que a legislação ambiental está sendo cumprida em todas as etapas do processo.
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