Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Conhece bem sua roupa? Os melhores e piores tecidos para usar no verão

Há diversos fatores a ter em conta no que toca ao guarda-roupa da estação quente, do tipo de tecido ao design das peças, passando pela cor e porosidade.

 

 O guarda-roupa muda consoante as estações do ano, ou pelo menos de acordo com a temperatura ambiente. No fim do inverno, as malhas de lã e camisolas de manga comprida são retiradas das gavetas para dar espaço a roupa mais leve. Mas sabia que o tipo de tecido não é o único fator a ter em conta numa altura de mais calor? Há que saber descodificar também o design, a cor, a porosidade e ainda a respirabilidade das peças

Quais os melhores tecidos para combater o calor?



No verão, existe a tendência é optar pelo algodão ou o linho, pois são mais frescos. Contudo, a ciência dessa "leveza" é um pouco mais complexa do que se espera. "Do ponto de vista da tecnologia têxtil, é preciso "jogar" com dois fatores: a condutividade térmica – quanto maior, menos isolante é o tecido – e a capacidade de absorção da humidade", explica Elisabeth Lorenzi, designer de Moda e professora de Materiais Têxteis na Universidade de Nebrija, Espanha, em entrevista ao site SModa.

Assim, as fibras de celulose (algodão, linho, viscose ou lyocel) são bons condutores técnicos, o que significa que não criam uma barreira isolante e permitem a dissipação do calor corporal, embora também façam com que o ar quente externo entre. Por norma, são bastante respiráveis e ajudam a regular a temperatura corporal, ou seja, ajudam a expelir a humidade do suor.

    

 No entanto existe um senão.  "Um erro típico de quem transpira muito é usar t-shirts de algodão", explica Enric Carrera, diretor do Instituto de Investigação Têxtil da Universidade Politécnica da Catalunha, à mesma publicação. "Esta fibra absorve muito suor, mas como também tem uma elevada capacidade de retenção de humidade, satura-se rapidamente, não se evapora facilmente e, portanto, obtemos aquela sensação desagradável de uma peça de vestuário húmida e fria que pode levar a constipações." É esta a razão pela qual o vestuário de desporto é normalmente feito de poliéster, material que não absorve a humidade.

Outro fator a lembrar é a qualidade do linho. Se este fizer comichão ou provocar outra reação em contacto com a pele, é porque não é 100% puro, com grande probabilidade de se tratar de uma mistura de poliéster e rami, uma fibra semelhante, mas mais agressiva.

O corte e a cor da peça são importantes?

Sim, clarifica Carrera. O design dependerá das condições ambientais exteriores – se chover terá de ser impermeável, se estiver frio terá de ser quente e, se estiver calor, terá de ser folgado. Simplificando, quanto menos justo ao corpo, maior será a circulação do ar, o que contribui para a evaporação da transpiração.






Quanto às cores, é certo que a temperatura exterior não dita o que escolhemos usar naquele determinado dia, mas também é verdade que as cores mais claras são uma boa escolha para combater o sol abrasador. Tudo depende da transmissão de calor por radiação. Quanto mais escura for a cor, mais calor vai absorver.

A espessura do tecido pode promover a proteção solar?

No que toca à espessura, a ideia é bastante simples: roupa grossa no inverno e fina no verão. Quanto à proteção solar, alguns estudos afirmam que tecidos densos protegem mais dos raios ultra-violeta, como o poliéster – uma fibra sintética - em detrimento do algodão – uma fibra natural.

Ana Filipa Damião

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