Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Hoje, cerca de 21,5% dos homens já fazem compras regularmente, de três em três meses. Destes, 26,1% levam pelo menos três peças em cada aquisição.

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Novo hábito de consumo do público masculino impulsiona a área de moda

De olho nos hábitos de consumo dos homens, cada vez mais preocupados com a aparência, o segmento de moda masculina continua otimista, tanto que atrai mais investimentos e até novas empresas.

Além de marcas tradicionais como Camisaria Colombo, Siberian e Brooksfield, entre outras, varejistas como Jack The Baber e Hermoso Compradre chegam ao mercado concentrando esforços em artigos masculinos.

Para o diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), Marcelo Prado, mesmo com a economia fraca o mercado cresce. “As condições atuais podem trazer algumas restrições de compra, mas o mercado vai evoluir, tanto quanto nos últimos anos. As oportunidades são grandes pelo comportamento e pela melhoria da renda da população”.

O diretor também afirma que o potencial a ser explorado está nas diversas atividades que os homens atuais estão inseridos, como a prática de esportes, atuação profissional e os momentos de laser. Uma pesquisa realizada pelo Instituto, em setembro, revelou o perfil dos consumidores masculinos. Cerca de 21,5% dos homens fazem compras regularmente de três em três meses e 26,1% deles, levam pelo menos três peças em cada compra.

Mercado

Há 27 anos no mercado, a marca Cobra D’Agua aposta no mercado de moda masculina e este ano irá investir cerca de R$ 7 milhões em ações de marketing, capacitação de funcionários, novas tecnologias e consultorias.

“A previsão é crescermos cerca de 15 % em 2015 e o valor de investimento é 10% maior do que o realizado no ano passado”, explica fundador e diretor da empresa, Lucas Izoton. Hoje, a Cobra D’Agua atua com cerca de 12 mil pontos de vendas multimarcas e está espalhada nos 27 estados brasileiros. Ainda para 2015, a marca, que não possui lojas próprias, irá focar nas grandes lojas do setor para estabelecer parcerias e instalar as chamadas ‘store in store’.

Comum fora do Brasil, o modelo conta com espaços diferenciados dentro dos pontos de venda. “Nele os produtos da Cobra D’agua ficam dispostos em um ambiente exclusivo, para expor a essência e o conceito da marca. A instalação de um corner de 9 metros quadrados, por exemplo, triplica as vendas no local”, explica Lucas Izoton.

Tendência

O aumento da demanda entre o público masculino pôde ser visto com ênfase no Brasil entre 2007 e 2014, quando o setor cresceu cerca de 44%. No período houve crescimento entre as lojas que tradicionalmente vendem para o segmento, como Camisaria Colombo, Richards e Brooksfield, entre outras. Mesmo assim, o número de lojas especializadas está aumentando, e o canal on-line comprova isso.

É o caso da Jack the Barber (JtB), e-commerce que nasceu no ano passado e diz focar na inovação. A marca trouxe para o Brasil um modelo norte-americano de tamanho. “Resolvemos criar no País a numeração de cintura e pernas como acontece nos Estados Unidos”, informou o fundador da JtB, Guilherme Paulino.

Com linhas apenas ao gênero masculino e 120 produtos no portfólio, entre camisas, camisetas, calças e acessórios, a empresa explora iniciativas de marketing e canais de vendas. Este ano, a marca espera alcançar faturamento médio de R$ 2 milhões. Para tanto, a empresa pretende fazer novos investimentos. “Vamos criar uma loja experimental, para que o cliente veja e experimente os produtos e depois os receba em casa”. A loja física deve ser instalada ainda este ano, no bairro Itaim Bibi, na capital paulista, disse Paulino.

Outra marca otimista é a Hermoso Compadre, e-commerce que também possui uma loja física e atende os clientes em Franca (SP), além de repassar os produtos para uma loja multimarca. A empresa, criada em 2012, faturou cerca de R$ 420 mil em 2014 e pretende alcançar aumento de 50% este ano.

Voltada ao público jovem, a Hermoso Compadre comercializa camisetas, carteiras, sapatos e outros produtos. “Em 2013 fizemos a estruturação na área de criação. Este ano queremos aumentar a oferta de produtos, com peças em tricô, como gorros e cachecóis”, afirma o sócio da Hermoso Compadre, Rafael Cintra. O empresário aposta no crescimento, “mesmo com o cenário econômico difícil para algumas empresas do segmento”.

Cautela

Cautela é a palavra de ordem na rede Enzo Toscani, que atende ao público de classe B e C e trabalha com estilos social e esporte fino. Com 13 lojas próprias e sete franquias, o sócio da grife, Afonso Henrique Moreira Ribeiro, diz que o momento é de cautela para novos investimentos, mas espera crescer cerca de 5% entre as 17 unidades mais antigas.

“Acredito que as marcas com capital próprio têm mais chance de enfrentar o momento de alta de juros. As novas marcas, que dependem de empréstimos, terão mais problemas para se manter no mercado”.

Em termos de mercado, faz sentido. Segundo o IEMI, nos últimos três anos o segmento apresentou avanço de 12,5 % em valores e de 0,8% em produção de peças. No entanto, em 2014, houve queda de 0,9% na produção, em comparação ao ano anterior. O valor de peças produzidas sem impostos foi R$ 34 bilhões, um acréscimo de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: DCI

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