Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Contra Crise, Grifes Italianas Buscam Consumidores de Países Emergentes

Grandes marcas de luxo globais, como a Gucci, sofrem menos com recessão

Os estilistas italianos darão o melhor de si para atrair a atenção dos consumidores asiáticos e de todos os compradores de artigos de luxo que restaram na Europa abalada pela crise, quando enviarem suas coleções outono/inverno de 2012 para as passarelas da Milan Fashion Week, a semana da moda de Milão. A Gucci deu o pontapé inicial ontem, com Giorgio Armani e Prada também presentes nos 72 desfiles que deverão atrair milhares de compradores e a imprensa especializada em moda.

Todos estão torcendo para que 2012 não seja uma repetição de 2009, com o colapso dos mercados financeiros, que atingiu duramente a indústria do luxo. As vendas no setor da moda deverão cair 5,2% em 2012 na Itália, em comparação ao crescimento de 5,5% registrado no ano passado, segundo a Câmara Nacional da Moda Italiana.

Será a primeira queda após dois anos consecutivos de crescimento do setor, que movimenta € 60 bilhões por ano. "Nosso medo é ver novamente o que aconteceu entre 2008 e 2009, quando das vendas caíram 15%", disse Mario Boselli, presidente da Câmara. "Desta vez, a crise não deverá ser tão ruim porque as marcas reduziram suas operações e cresceram nos mercados emergentes", disse ele.

As exportações para fora da União Europeia deverão crescer 2% este ano, compensando uma queda na Europa, que vem sofrendo com a crise da dívida na zona do euro e está forçando governos de todo o bloco a enxugar seus orçamentos, cortar os gastos públicos e demitir funcionários.

Os principais fabricantes de artigos de luxo, como Salvatore Ferragamo e Prada, que têm uma presença global, esperam suportar a recessão quase incólumes. As duas companhias abriram o capital em junho do ano passado.

Mas marcas menos conhecidas vão receber a pancada mais forte da desaceleração, afirmou Boselli. "Muitas empresas pequenas estão sofrendo com o acesso limitado ao crédito", disse ele. Em seu showroom, o estilista italiano Alessandro Dell'Acqua diz estar confiante em sua colação, mas nem tanto em relação à economia. "Precisamos ser inovadores porque as pessoas que compram moda têm seus guarda-roupas cheios, de modo que querem algo diferente", diz o estilista, cuja marca "N21" vem sendo usada pela atriz Gwyneth Paltrow.

As coleções de Deel-Acqua são vendidas em 180 lojas multimarcas pelo mundo, com vestidos para o dia-a-dia custando entre € 350 e 400. Os organizadores da Milan Fashion Week tentam equilibrar a presença das grandes marcas com nomes emergentes no calendário de mais de 135 apresentações, entre desfiles e showrooms.

A Gucci abriu o evento nesta ontem e a Giorgio Armani vai fazer o encerramento na segunda-feira, num esforço para manter compradores e a imprensa em Milão pelo maior tempo possível. Os novatos farão seus desfiles na terça-feira, quando a maratona da moda já estará de mudança para Paris.

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/2538478/contra-crise-grifes-italia...

Exibições: 189

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço