O algodão brasileiro tem perdido competitividade nos mercado internacional nos últimos três anos devido à queda na qualidade do produto exportado. Por isso, associações e empresas estão incentivando os produtores a fazerem a segregação do algodão para retomar a credibilidade de qualidade do produto brasileiro no mercado externo e garantir prêmios no futuro. A avaliação é do gerente comercial da Vanguarda Agro, Rodinei Frangiotti.
Durante o 19 Clube da Fibra, evento realizado pela FMC no Guarujá (SP) nesta semana com centenas de conoticultores de todo o país, Frangiotti explicou que apesar de o Brasil ter conquistado o mercado nos últimos dez anos mostrando condições iguais com o algodão australiano, de 2010 pra cá, a indústria internacional vem reclamdo da desuniformidade do produto brasileiro.
"O que nós entregávamos até 2010 mudou nos últimos três anos em relação à qualidade. Mas isso ocorreu em função de uma falta de atenção nossa como produtores. Porque nós tínhamos uma uniformidade no algodão, não nos preocupávamos segregar esse algodão. Simplismente colhíamos, beneficiávamos e entregávamos", justifica.
Segundo ele, cerca de 30% do algodão brasileiro que é exportado poderia ser melhorado, conforme comprovado pelas análises. Para garantir a qualidade do produto brasileiro aos compradores internacionais, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) está instalando um laboratório para fazer análises de re-checagem das amostras que são exportadas. "Com isso, a gente quer dar transparência nos resultados, torná-los fiés, e mostrar aos nossos compradores que eles podem confiar nesses resultados", explica.
"No ano passado, um gurpo de qualidade, composto por sete membros, foi criado com o objetivo de conscientizar o produtor a tratar o algodão como um produto de qualidade, e não como uma commodity, como estava fácil de fazer. A gente tem que ter um cuidado melhor com o que estamos fazendo e com o que estamos entregando ao nosso cliente", afirma.
De acordo com Frangiotti, devido à falta de segregação, o algodão brasileiro está sendo visto como um produto único pelas indústrias internacionais, sem diferenciação de quem faz de quem não faz a segregação. "Precisamos segregar o algodão. Isso não é um custo, é um investimento. Assim, vamos conquistar credibilidade novamente. Hoje, o que o mercado internacional paga pra gente não é o suficiente pra essa segregação, mas, no futuro, com certeza iremos conquistar prêmios pelo algodão que vamos entregar, uniforme e com garantia de qualidade", diz.
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Lamentável. Rechecar amostra é um retrabalho de quem não sabe fazer as coisas da primeira vez. Temos é que melhorar nossos analistas( laboratoristas) Penso que deve estar havendo "turn-over" elevado.
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