Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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COVID-19 – Como as empresas brasileiras do setor Têxtil e Confecções estão lidando com a Pandemia

É fato que o novo coronavírus está causando uma grande mudança na rotina das pessoas. Boa parte da população mudou seus hábitos de trabalho, de lazer e, consequentemente, de consumo também. No intuito de ajudar no combate à pandemia, indústrias de diversos setores estão se mobilizando para fabricar itens essenciais de proteção. A iniciativa é doar esses insumos tanto para hospitais quanto para a população, buscando conter a disseminação da Covid-19.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as empresas do setor têxtil adotaram iniciativas como doação de linhas e tecidos; outras, mudaram a linha de produção para fabricar itens extremamente necessários e em falta diante da crise mundial, como máscaras e aventais. Além disso, institutos de pesquisa de faculdades - como: Instituto Senai de Inovação (ISI) e Instituto Senai de Tecnologia (IST) do SENAI CETIQT, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ, FabLab do SENAI RIO -, laboratórios abertos e empresas estão empenhados em projetar e fabricar componentes hospitalares em impressoras 3D, como ventiladores mecânicos e protetores faciais para os profissionais de saúde.

Porém, apesar de empenhados em ajudar e contribuir para salvar vidas na luta contra o novo coronavírus, empresas de todos os portes e setores estão diante de um futuro incerto. Como não há precedentes deste tipo de evento na história contemporânea, ainda não se tem a dimensão de como ficará o cenário econômico e produtivo mundial nos próximos meses - e depois de decretado o fim da pandemia.

Pensando em reunir o maior número de informações sobre como o mercado nacional está se preparando para este cenário de incertezas, o SENAI CETIQT elaborou uma pesquisa. Entre os dias 24 e 30 de março, 62 representantes da cadeia produtiva de Moda, Têxtil e de Confecção responderam ao levantamento proposto. Confira o resultado:

Imagem 1: Segmento das empresas participantes

A pesquisa teve grande abrangência nacional, com maior participação do setor de confecção do vestuário. A concentração de respondentes fazia parte do eixo sul, sudeste e nordeste, distribuídos conforme mapa abaixo:

Imagem 2: Localização das empresas participantes

Segundo o levantamento, as empresas foram afetadas pela epidemia especialmente no que se refere ao fechamento da produção (51,6%); no fornecimento de produtos a clientes (24,2%) e no abastecimento dos materiais e insumos (6,5%). Tendo seus pedidos reduzidos (49,2%) ou adiados (47,5%).

A solução tomada por grande parte das empresas foi dar férias aos funcionários, entrando em sistema de férias coletivas ou apenas para parte dos colaboradores e home office para os que exercem cargos administrativos. Banco de horas também foi uma solução apontada. Apenas duas empresas ouvidas adotaram medidas internas de prevenção contra o novo coronavírus e mantiveram a produção em funcionamento.

Pela pesquisa, mais de 70% das empresas ouvidas pararam a produção; 41% acreditam que em 15 dias devem voltar a abrir as portas. Entre elas, 66% não trabalham com o mercado externo.

As empresas estimam que terão impacto negativo imediato em seus caixas, prevendo o direcionamento do dinheiro, prioritariamente, para pagamento de funcionários e dívidas acumuladas. Aproximadamente 70% não estavam preparadas financeiramente para eventos inéditos e pensam em postergar e/ou negociar o pagamento a fornecedores e solicitar empréstimos, caso o cenário não volte ao normal em 1 mês.

Entre as empresas participantes da pesquisa, 20% não sabem informar como será seu modelo produtivo após a pandemia. As demais acreditam na valorização de produtos nacionais e na compra em mercados locais, na automação da produção e na implementação de tecnologias 4.0. Elas também apontam como saldo do pós-crise a mudança do comportamento do consumidor e o aumento de compras online, além de mudanças no modelo atual de regime de trabalho e de negócio.

(Crédito da foto de abertura: Patrick Assalé on Unsplash)

FONTES:
Coronavírus: veja as ações das empresas do setor têxtil e de confecção contra a pandemia. ABIT https://bit.ly/2xCbYdw
IndústriaCast debate possíveis cenários econômicos pós-pico do coronavírus. SoundCloud FIESC https://bit.ly/39wsFVb
Conheça as ações do setor têxtil no combate ao coronavírus. CNI https://bit.ly/2QTnDvq
Coronavírus: UFRJ disponibiliza protótipos de protetores faciais https://bit.ly/343U5kg
Pesquisadores da Coppe colocam em fase de teste ventilador mecânico que pode ser reproduzido em massa https://glo.bo/2wRq8rc
COVID-19 - Situação Brasil. Google Formulários https://forms.gle/YQvf8f2Qet96LcMv9 

https://inovamodadigital.com.br/noticia/9302

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Pela pesquisa, mais de 70% das empresas ouvidas pararam a produção; 41% acreditam que em 15 dias devem voltar a abrir as portas. Entre elas, 66% não trabalham com o mercado externo.

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