Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

As alterações climáticas que ameaçam o futuro do mundo ocuparam o lugar cimeiro na lista de prioridades das empresas de moda no ano passado, à frente de questões de governança e do covid.

[©Pixabay-Marcin]

A crise climática tem ocupado as páginas dos jornais este verão, com o aumento das temperaturas e de eventos climáticos extremos um pouco por todo o mundo, colocando o papel da indústria da moda nestas questões de novo em foco. De acordo com as Nações Unidas, julho foi o mês mais quente de que há registo.

Robert P. Antoshak, partner da Gherzi Textil Organisation, afirma, citado pelo Just Style, que nos últimos 40 anos, a indústria da moda criou um sistema intrincado de fornecedores e transportadores, apoiado numa infraestrutura complexa de armazenamento e serviços logísticos, tudo para maximizar a reposição just-in-time e as compras dos consumidores, que é a essência da fast fashion.

Na COP27 do ano passado, o grupo sueco H&M assinou múltiplas cartas abertas juntamente com outras 50 empresas para destacar a necessidade de descarbonizar as economias e legislar para combater as alterações climáticas em alinhamento com o Acordo de Paris.

Este foco está alinhado com o aumento da expressão “alterações climáticas” nos documentos das empresas da indústria de vestuário no terceiro trimestre de 2022 (entre 1 de julho e 30 de setembro de 2022).

De acordo com os dados da GlobalData para o ano entre agosto de 2022 e agosto de 2023, as referências a “alterações climáticas” aumentaram 21 vezes, seguidas por ESG (aumento de nove vezes) e covid (oito vezes).

A indústria da moda está a fazer esforços para desfazer os prejuízos que causou ao ambiente e para reduzir a sua pegada carbónica.

Um estudo recente da Climate Change das Nações Unidas e da CDP revela que a indústria da moda fez progressos na área do clima, mas tem ainda um longo caminho a percorrer. Signatários da Carta da Indústria da Moda para a Ação Climática estão a fazer avanços, com 89% das empresas a revelarem publicamente os seus progressos.

Embora a indústria esteja a evoluir em projetos sustentáveis, Robert Antoshak acredita que a esta crise climática significa, provavelmente, o fim de uma era de produtos baratos. «Para os consumidores há muito habituados a roupa barata, o dia do ajuste de contas pode estar a chegar. Para as empresas de fast fashion, é melhor serem mais rápidas ou aprenderem a vender menos, mas aceitarem as margens», conclui.


FONTEJust Style
https://portugaltextil.com/crise-climatica-no-centro-das-preocupaco...
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