Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O caminho é longo para que as empresas vençam a burocracia e a inoperância da máquina pública até que medidas de estímulo fiscal ou creditício deixem o papel para a realidade das fábricas.

Outro fator imponderável é o efeito insuficiente de incentivos ou da redução de juros sobre a atividade produtiva quando a demanda dos clientes se mantém fraca ou cai abruptamente, avalia Guilherme Veloso Leão, gerente de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

“Apesar desses incentivos, o mercado externo continua sem sinais consistentes de recuperação.

Se as empresas não têm demanda, é natural que a ociosidade se mantenha, e mesmo que o custo dos investimentos esteja mais baixo, não justifica contrair dívida para esse fim”, afirma.


As indústrias têxtil e automobilística são dois casos de resposta efetiva ao pacote de estímulos do governo. Depois da desoneração da folha de pessoal, as fábricas têxteis inverteram o movimento da produção, que era de queda. A redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito e do IPI também ajudou a indústria de automóveis a retomar a rota de crescimento. Para a produção industrial em geral, no entanto, é maior a influência do baixo nível dos investimentos públicos e privados na economia. “Os estímulos ao setor estão ligados também ao aumento da produtividade, que, por sua vez, depende de recursos aplicados em inovação nas fábricas”, diz Guilherme Leão.

FORA DA CURVA

No setor de máquinas e equipamentos, que mostrou recuperação da produção em Minas no primeiro trimestre – de 12,86% frente ao mesmo período do ano passado, segundo a Fiemg –, a melhora da atividade reflete investimentos pontuais, em tecnologia e manutenção dos clientes do setor, observa Petrônio Machado Zica, proprietário da Delp Engenharia e presidente do Sindicato da Indústria Mecânica de Minas Gerais.

“Estamos entre a cruz e a caldeirinha. Nosso maior cliente é a Petrobras, que reduziu seus investimentos, e não há recursos novos sendo destinados por grandes setores, como a mineração e a siderurgia, para aumento de capacidade de produção”, afirma. Zica diz que o setor elétrico, motivado pelos projetos de usinas hidrelétricas e parques de geração de energia eólica, é o único que continua com demanda ativa para os fabricantes de máquinas que trabalham por encomenda.

Um terço do emprego

Com participação de 28,1% de toda a produção de bens e serviços no Brasil retratada no Produto Interno Bruto (PIB), a indústria deve ser acompanhada de perto também devido ao fato de movimentar uma cadeia de fornecedores e prestadores de serviços. As empresas de serviços respondem por cerca de dois terços do PIB.

Qualquer movimento da produção industrial interessa, ainda, em razão dos 11,8 milhões de empregos mantidos pelo setor no país. Em Minas, a atividade tem importância maior, participando com mais de um terço do PIB (33,6%) e empregando 1,3 milhão de pessoas. (MV)

Fonte:|http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2013/05/12/internas_econo...

.

.

.

.

..

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - Clique Aqui

Exibições: 119

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço