Segundo a Pesquisa do instituto, a indústria cearense apresenta desempenho inferior ao de 2010, no comparativo mensal, trimestral e dos últimos nove meses. Especialistas ouvidos por O POVO apontam a crise na Europa e nos EUA como um dos motivos da queda na produção
A indústria têxtil apresentou uma queda de 28,4%, segundo a pesquisa (BANCO DE DADOS)
Apesar de apresentar crescimento nos meses de agosto (2%) e setembro (2,5%) deste ano, em relação aos meses anteriores, a produção industrial do Ceará apresentou desempenho inferior ao apresentado em 2010.
Segundo a Pesquisa Mensal de Indústria (PMI), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no confronto com iguais períodos do ano passado, a indústria cearense recuou 8,6% em setembro de 2011, -12,8% no terceiro trimestre deste ano e 13,2% no acumulado dos nove meses do ano.
De acordo com a pesquisa, os setores que influenciaram negativamente a produção industrial no Ceará foram a de produtos têxteis (-28,4%), devido à menor produção de fios e tecidos de algodão, e de calçados e artigos de couro (-22,9%), por conta da queda na fabricação de calçados de material sintético.
Também influenciaram negativamente o setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-31,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-16,4%), em função da queda na fabricação de transformadores e de óleo diesel, respectivamente.
Para o economista Ricardo Coimbra, mestre em economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), o desempenho negativo da indústria cearense tem relação direta com a atual crise econômica na Europa, pois boa parte dos produtos da indústria têxtil e de calçados é exportada para os países europeus. “Há ainda a fraca recuperação da economia americana, que também consome os produtos cearenses”.
Opinião semelhante tem o economista e professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Lauro Chaves, que aposta na provável implantação da refinaria e da siderúrgica no Estado, “que deverá ter enorme impacto sobre o desempenho industrial cearense”.
Já o diretor do Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi), da Fiec, Carlos Matos, defende uma ação mais rápida do governo, no uso de políticas que favoreçam a indústria. “O programa Brasil Maior, do Governo Federal, é um socorro tardio”.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Além da crise europeia, a oscilação do câmbio do dólar na casa de R$ 1,70 e a concorrência com produtos chineses também não animam a indústria, que a cada dia depende mais do mercado interno brasileiro.
Fonte:|http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2011/11/09/noticiaeconom...
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