Crise no algodão em 2011 agravou situação financeira frágil de têxteis tradicionais de Brusque

[Romildo de Paula Leite]

Com problemas de administração e caixa, companhias recorreram à recuperação judicial para reerguer os negócios

O primeiro semestre de 2011 foi marcado pela crise em três das indústrias têxteis mais tradicionais do Estado. Na época, a Schlösser, a Buettner e a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, respectivamente, entraram na Justiça com pedidos de recuperação judicial.

Entre 2010 e 2011, a forte alta do algodão, insumo básico das companhias, desequilibrou ainda mais os caixas das companhias que já estavam fragilizados.

Outro motivo apontado na época como causa para a crise nas indústrias era a falta de modernização nas gestões.

Recuperação judicial é uma forma legal de avaliar a empresa tem condições ou não de continuar em atividade e de reerguê-la. Se o plano de recuperação for aprovado, a empresa ganha fôlego para continuar funcionando. Porém, para que isso ocorra, a indústria deve apresentar um plano consistente comprovando que tem condições de recuperação. Ele precisa passar pelo crivo da Justiça, do Ministério Público e dos credores.

No período em que está em recuperação, as atividades da companhia são fiscalizadas por um administrador judicial indicado pela Justiça. Se passar o período determinado para aplicação do plano e não houver recuperação, é decretada a falência da empresa.

JORNAL DE SANTA CATARINA

[Fabrício Gamba]

Bom dia,

Para administradores com competência dúbia, ou para sócios majoritários que já não estão muito afim de arregaçar as mangas para fazer o empreendimento voltar a crescer, é muito fácil colocar a culpa em fatores do mercado.

Tivessem feito o "seu dever de casa" e nada disso teria acontecido.

Sei bem do que estou falando, vivenciei o dia a dia de uma dessas empresas nos dois últimos anos de sua existência (quando quase mais nada podia ser feito).

Agora faço parte da massa que ainda sonha em receber os valores indenizatórios devidos.