Crise? Onde?

[Romildo de Paula Leite]

Setores como indústria têxtil e turismo e podem oferecer bons empregos em meio ao marasmo econômico atual .

Ainda segundo o executivo, a decisão de incorporar um novo fornecedor considera como referência a qualidade de sua produção e especialização

   Apesar da nuvem de pessimismo que tem rondado o mercado, muitos setores da economia permanecem crescendo mesmo em meio à crise. Algumas áreas de atuação tiram da economia instável, inclusive, a possibilidade de crescer mais que o normal.

O sul abriga muitas dessas produções de destaque, o que significa que há como tirar coisa boa do marasmo econômico. Segmentos como automobilístico, peças e construção civil estão de fato sofrendo com o que está ocorrendo na economia brasileira. No entanto, é preciso se lembrar de que ela não depende apenas deles, e que todos cresceram muito nos últimos anos, por isso a sensação de uma crise tão forte. O problema foi que essas áreas contrataram e investiram muito para atender ao mercado aquecido. Agora, com a desaceleração precisaram reduzir custos, produção e pessoal.

Mas onde está bom? Muitos lugares, eu diria. A valorização do dólar, em especial, favorece áreas como agronegócio, têxtil e produção de matéria-prima. Isso porque essas áreas veem na exportação uma possibilidade de lucrar bastante com a alta da moeda norte-americana. O Brasil é um grande exportador, pois o nosso território amplo favorece o cultivo de diversas culturas e o mundo nos vê há muito tempo como fonte confiável de matérias-primas oriundas de recursos naturais.

Aqui no sul, por exemplo, o cultivo da soja vive um bom momento. A produção tem sido boa e a maior parte da soja produzida vai para exportação – o que significa dólar entrando na nossa economia. Outro setor bastante valorizado localmente é o da indústria têxtil. As marcas brasileiras têm ganhado força no mercado externo. Não podemos nos esquecer do turismo, importante em todo o Brasil, e com a chegada do inverno, fonte de renda e aquecimento econômico do Paraná para baixo. O importante no momento é não se prender ao que está ruim.

Cada momento econômico favorece um lado e desfavorece outro, o que significa que sempre é possível crescer, basta que haja uma análise de mercado e apostas seguras. O sul dispõe de muitas opções para se manter em alta, bem como o país como um todo. Não vamos nos abalar, e quando a economia se estabilizar, trataremos de aquecer os demais mercados novamente. - See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/404#sthash.ZT0s1ibh.dpuf

Por Bernt Entschev