Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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CRISE!! Setor têxtil com baixas expectativas para 2015

 Divulgação
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O setor têxtil é um dos principais responsáveis pelas movimentações financeiras e pela geração de emprego e renda no país – atualmente, o Brasil é o quarto maio produtor têxtil e o quinto em confecção no mundo. Entretanto, o mau momento da economia brasileira tem afetado as indústrias desse segmento nos últimos anos e a expectativa é de que 2015 seja um ano de estagnação ou crescimento negativo no setor.
 
O segmento envolve mais de 33 mil empresas (com, pelo menos, cinco funcionários). Essas indústrias geraram 1,6 milhões de empregos diretos e outros oito milhões indiretos e efeito de renda.
 
No ano passado, o setor obteve faturamento de US$ 55 bilhões, além de ter investido US$ 1,1 bi. Foram produzidas, no total, dois milhões de toneladas de tecidos e seis bilhões de peças de vestuário. “É um setor importante estrategicamente para o Brasil”, destacou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Rafael Cervone. De acordo com ele, o setor é o primeiro a receber impactos da economia, mas também o primeiro a se recuperar, por ser muito dinâmico.
 
Cervone conta que o varejo tem crescido, nos últimos anos, porém esse aumento não tem sido acompanhado pela produção industrial, o que gera maior número de importações para suprir esse déficit (em 2013, a balança comercial fechou negativa em R$ 636 milhões; no ano passado, o déficit foi de R$ 620 milhões).
 
Além do maior número de importações do que exportações, fatores como aumento na mão de obra, na matéria prima e no câmbio (boa parte dos materiais são comercializados em dólar) refletem no setor. Em 2012, foram gerados quase 20 mil postos de trabalho, enquanto que, no ano passado, foram fechados outras cerca de 20 mil vagas. “Isso mostra que o fôlego do setor acabou e isso reflete nos investimentos”, lamenta Cervone. Os investimentos passaram de US$ 2 bilhões, em 2012, para US$ 1,1 bilhão, no último ano.
 
Para este ano, as perspectivas não são animadoras, já que o PIB nacional deve registrar aumento negativo entre 0,5% a 1% e o setor têxtil e de confecção deve ficar sem crescimento ou com crescimento negativo de 0,5%, além do fechamento de quatro mil postos de trabalho. Apesar das dificuldades, Cervone diz que o segmento não vai fechar, pois aposta na dinâmica dele para se recuperar.
 
Reunião com empresários e conversa com governador
O presidente da Abit está no estado, onde participou, na tarde desta quinta-feira (19), da abertura do ciclo de reuniões itinerantes da associação. O encontro, realizado no auditório da Findes, na Reta da Penha, tem como objetivo de informar os empresários capixabas sobre os números do setor, a situação do mercado nacional de moda e o trabalho que vem sendo realizado pela entidade.
 
Segundo Cervone, no Espírito Santo, o setor têxtil é formado por cerca de 550 empresas (com, pelo menos, cinco funcionários), que geram mais de 26 mil empregos direitos. O Estado representa 1,6% do PIB da confecção no país e teve faturamento de US$ 2 bilhões, no ano passado.
 
Com a intenção de ampliar ainda mais esses números, o presidente da Abit almoçou, nesta tarde, com o governador do Estado, Paulo Hartung, para trabalhar no plano estratégico empresarial para 2030, no qual são planejados investimentos futuros, a inserção no mercado, as melhorias na confecção.

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