A empresa têxtil japonesa Daiwa do Brasil, que veio para o País em 1943 e tem sede em Uberlândia, dispensou todos os funcionários na manhã desta quinta-feira (25) e também vai fechar a unidade que fica no Distrito Industrial, na zona norte da cidade. Estima-se que 300 pessoas foram demitidas. A notícia foi confirmada por funcionários com quem a reportagem do CORREIO de Uberlândia conversou. Os motivos do fechamento apontados pela empresa são a estagnação da economia brasileira e o preço do algodão cru. Não haverá expediente a partir de hoje.
De acordo com a apuração do CORREIO, uma equipe da direção da empresa veio de São Paulo, onde fica o escritório administrativo, e anunciou a demissão em massa. A empresa fará o acerto trabalhista e pagará os salários referentes a agosto. O CORREIO procurou a diretoria da empresa tanto em Uberlândia quanto em São Paulo, mas ninguém foi encontrado para comentar o fechamento.
Em nota, a assessoria de imprensa da Daiwa do Brasil Têxtil Ltda confirmou o fechamento da fábrica no Brasil e também do escritório administrativo, em São Paulo, encerrando assim as atividades no País.
Os motivos do fechamento da empresa, ainda segundo a nota, foi a “estagnação da economia brasileira, em conjunto com a rápida flutuação do valor do algodão cru e a queda nos preços no mercado, que há anos afetam o setor, motivando a decisão”.
Um funcionário com quase 30 anos de empresa disse ao CORREIO, sem se identificar, que pela manhã desta quinta-feira (25), o trabalho foi normal até às 9h, quando foi feita uma reunião, falando sobre a finalização das atividades. “Foi inesperado, porque achávamos que haveria novas férias coletivas, como aconteceu no ano passado”, disse ela.
Futebol
De 1975 a 1997, o time de futebol da Daiwa, o Estrela Dalva Esporte Clube teve grande destaque no futebol amador de Uberlândia. Foram seis títulos do Campeonato Amador, além da conquista do Campeonato Centenário, em 1988, disputado na cidade.
Fiemg lamenta fechamento de fábrica
Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Regional Vale do Paranaíba, Everton Magalhães Siqueira, a notícia é ruim e tira o ânimo do empresariado local. “Uma empresa internacional indo embora no nosso País pode fechar as portas para outras multinacionais que teriam interesse em iniciar negócios aqui. São notícias ruins, famílias que perdem renda”, disse Magalhães.
Ainda de acordo com ele, a crise econômica atual deixa os empresários de mãos atadas. “Precisamos de melhorias políticas, fiscais e tributárias. O Governo precisa voltar a investir capital para que os negócios voltem a fluir e girar”, disse Magalhães. Porém, ele ainda afirmou que uma pesquisa realizada em Minas Gerais e divulgada pela Fiemg nesta semana, mostra, que, nos últimos dois meses, a confiança do empresário mineiro aumentou 30%. “Mostra que não estamos parados e buscando soluções para melhorar nossos negócios”, disse.
Prejuízos
Ex-gerente da Daiwa, Eustáquio Nunes Lopes, entrou na empresa no ano de inauguração, em 1975, e saiu em 2005. De acordo com ele, há dez anos, a empresa já acumulava prejuízo fiscal. “O problema era a operação muito cara e o preço alto do algodão. A empresa vendia toda o material produzido, mas o custo operacional era maior”, disse Lopes.
Sobre a vinda da empresa para Uberlândia, Lopes disse que aconteceu graças a Rondon Pacheco. “O local não era estratégico para a empresa, já que o Sul do País sempre foi o maior consumidor dos fios de algodão produzido pela empresa. Os grandes esforços de Rondon Pacheco que atraíram os investidores japoneses”, afirmou Lopes.
Ele ainda disse que, até a implantação do Plano Real, em 1994, 60% da produção era exportada. “A partir de então, com nossa moeda mais valorizada, toda a produção, até os dias de hoje, passou a ver vendida internamente”, afirmou Lopes.
Ainda segundo ele, a concorrência com empresas internacionais do mesmo ramo também atrapalhou. “No Brasil temos impostos muito altos e fica difícil competir com empresas como da China, onde a produção é mais barata”, afirmou Lopes.
Grandes empresas fechadas
Em junho deste ano, duas empresas fecharam as portas e mais de 140 postos de emprego foram fechados em Uberlândia. No primeiro caso, após o fim do incentivo fiscal que era oferecido pelo Governo de Minas Gerais, a empresa de processamento de alimentos BRF transferiu as operações.... No total, 44 vagas de trabalho foram fechadas. A segunda grande empresa a fechar na cidade foi a União Atacado, que iniciou as atividades há 50 anos, em Uberlândia, Cerca de 100 funcionários da área comercial foram demitidos.
“A Daiwa do Brasil Têxtil Ltda. confirma o fechamento de sua fábrica no Brasil, localizada no Distrito Industrial de Uberlândia (MG), e também do escritório administrativo, situado na cidade de São Paulo, encerrando assim suas atividades no País. Durante os 43 anos de operações em Uberlândia, a empresa contribuiu para a geração de empregos na cidade e para o desenvolvimento da indústria têxtil brasileira.
A estagnação da economia brasileira, em conjunto com a rápida flutuação do valor do algodão cru e a queda nos preços no mercado, que há anos afetam o setor, motivou a decisão, não obstante os esforços da empresa para retomar os negócios, por meio de investimento em sua unidade fabril e da implementação de novas estratégias de vendas.
A companhia destaca que todos os direitos trabalhistas dos empregados afetados serão devidamente respeitados de acordo com a legislação brasileira.”
http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/daiwa-do-bras...
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e lá se vai mais um com o blablabla de que precisa dimuir impostos encargos e outros besteirols que até ja doi no ouvido ou nos olhos de quem lê, procura saber se ele fabricava algum produto de algodao especial?
ve se ele fabricava voal de algodão, tuli de algodao, organdi de algodao, acredito que não, ele devia fabricar milhoes e milhoes de metros de brim ou coisa parecida, sem nenhum valor agregado, enquanto isto aqui esta se importando milhoes de metros destes produtos, um metro de argandi de algodão chega a custar quase cem dolares no varejo, a seda hoje esta praticamente na mao de uma empresa que vende um quilo de materia prima bruta (claro), por pouco mais de 20 dolares e esta materia prima volta pra nos em forma de tecido por pelo menos 2000 dolares, o rami está tambem quase extinto, enquanto isto um metro de linho (primo rico do rami), chega facil a 50 dolares, o brasil pode produzir rami, seda, algodao de fibra longa, mas ao inves de colocar mao no bolso e investir em materia prima, eles colocam a mao no dinheiro de bancos, compram jatinhos, hiates, haras, fazendas e outros bens de consumo superfluo, porque precisam se mostrar milionarios, a empresa quebra, dao calote nos bancos que só emprestam dinheiro pra GRANDES EMPRESARIOS, coloca todo mundo na rua, mas no fim de semana estao tomando whisk escoçes com os amigos nas suas fazendoas nos seus haras, aqui precisa fazer uma faxina varrer o lixo de empresarios que se tem, para que possam surgir empresarios serios, comprometidos com a industria brasileira, estes ai nao sao gestores, a grande maioria do que tem agora é parasita empresarial que sobrevive as custas de esmolas de governos, digo esmolas para nao dizer outra coisa, vai um, abre-se espaço para outros menores, mais gestores de verdade, inovadores, a industria textil brasileira está podre em todos aspectos, que venham os novos industriais
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