Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Peter Foley/Bloomberg / Peter Foley/BloombergCom Angela Ahrendts, a dona do iPhone atrai alguém que  conhece de tecnologia e sabe oferecer algo especial a quem se dispõe a pagar  mais caro por um produto

Ao contratar a diretora-presidente da ressurgente Burberry, a grife britânica  de luxo, para comandar sua operação de varejo, a Apple está recrutando uma  experiente embaixadora de marcas dotada de fina habilidade para vender produtos  na internet e fora ela.

Quando Angela Ahrendts assumiu o comando do grupo Burberry em 2006, ele ainda  tentava livrar-se de uma indesejável imagem associada a mulheres "nouveau-riche"  de jogadores de futebol e imitações baratas de seu famoso xadrez bege, vermelho  e preto - ou "check", como é conhecido na empresa.

Na Liz Claiborne (hoje Fifth & Pacific Cos) antes de sua nomeação para a  Burberry, Ahrendts era encarregada das "marcas modernas" da empresa, como as  calças jeans da marca Lucky e dos aveludados agasalhos Juicy Couture.

Reposicionar a padronagem xadrez da Burberry no forro, em vez de  explicitamente no exterior de seus casacos, ajudou a restabelecer o luxo da  marca, e Ahrendts, nascida nos Estados Unidos, começou a transformar o resto da  empresa, posicionando-a na direção de um crescimento mais rentável. Ela  implementou um novo sistema de tecnologia de informação baseado no software da  SAP que simplificou substancialmente a cadeia de suprimentos da Burberry,  controlando os custos e melhorando sua rentabilidade.

Talvez o sinal mais claro de sua acuradíssima visão de negócios tenha sido  reassumir o controle da marca Burberry. Nos últimos cinco anos, Ahrendts revogou  a licença local da Burberry na Espanha (que desenhava roupas da marca, mas sem  nenhum balizamento da empresa), comprou sua parceira de franquia chinesa e  adquiriu sua licença envolvendo produtos de beleza e fragrâncias. A empresa vai  descontinuar seu licenciamento de produção de roupas no Japão em 2015.

A soma dessas dispendiosas decisões - que no total custaram mais de 200  milhões de libras (US$ 319,7 milhões) - é que as lojas varejistas da Burberry em  todo o mundo, integralmente controladas pela companhia, estão renovando o brilho  da marca e impulsionando suas vendas.

Ahrendts também é um evangelista digital. "Para mim, a coisa mais importante  é todo o investimento digital que fizemos ao longo dos últimos anos", disse ela  ao "The Wall Street Journal" no início do ano. "A Burberry tem tanta consciência  e está tão na fronteira [das iniciativas digitais] que temos a melhor  oportunidade para capitalizar as mudanças de comportamento do consumidor em  relação a qualquer outra varejista, especialmente no setor de artigos de  luxo."

Em uma conexão com a Apple, os vendedores nas lojas da Burberry estão  equipados com iPads para facilitar as vendas. Com o diretor criativo Christopher  Bailey, que vai sucedê-la no comando da Burberry, Ahrendts implementou a ideia  de "teatro varejista", com gigantescas paredes digitais interativas gerando o  clima das campanhas da Burberry. Seus desfiles de modelos são transmitidos ao  vivo on-line e para as lojas que são seu carro-chefe em todo o mundo - o mais  recente evento envolveu o lançamento do iPhone 5s, em mais uma colaboração com a  Apple.

Em um setor que demorou para adotar o comércio eletrônico, a Burberry lançou  um dos primeiros sites de luxo para oferecer aos clientes a plena possibilidade  de comprar pela internet. A empresa envolve-se ativamente nas mídias sociais com  seu site Art of the Trench e uma colaboração com o Google, quando incentivou as  pessoas a enviarem "Burberry Kisses" digitais em todo o mundo via e-mail.

"As marcas de tecnologia observam cada vez mais as varejistas de moda como o  caminho a seguir", diz Isabel Cavill, analista do setor na consultoria Retail  Planet, à medida que começam a se concentrar no foco histórico da Burberry:  mulheres jovens, ricas e que dominam a alta tecnologia.

A visão digital de Ahrendts está funcionando muito bem na China, onde o  tráfego para o site da Burberry cresceu 70% no ano encerrado em 31 de março.  "Somos os únicos a focar os consumidores jovens e os únicos a interagir com eles  digitalmente de forma agressiva", disse ela, em maio.

"Rose Marie Bravo [que antecedeu a executiva no comando da Burberry ] iniciou  o trabalho, mas Angela levou-o à sua conclusão final", disse Rahul Sharma,  consultor de varejo na Neev Capital. "Ela fez a marca passar uma sensação de  juventude e acessibilidade, mas conservando o toque de luxo."

E é um luxo que vende no meio digital. "Isso é o que a Apple vê nela", disse  Sharma. "É uma combinação do fato de que ela entende a tecnologia acrescido de  que a Apple é uma empresa que tem pontos de preços elevados e não quer ter de  baixar os preços de iPads ou iPhones. Você tem que proporcionar algo de especial  em termos da experiência do consumidor."

Ahrendts, nascida e criada em Nova Palestina, Indiana, é um embaixadora da  marca Burberry da cabeça aos pés, exibindo não apenas suas mais recentes saias  ou tailleurs e sapatos, mas também combinando as cores de seu batom e unhas  refletindo os tons usados na passarela na coleção outono/inverno da  Burberry.

Ela é uma das três únicas mulheres à frente de uma empresa que compõem o  índice FTSE 100, tendo ganho 6,8 milhões de libras no ano encerrado em 31 de  março, incluindo salário e exercício de opções de compra de ações, de acordo com  o mais recente relatório anual da empresa.

Ahrendts sempre minimizou o fator gênero em sua função. "Basta colocar a  melhor pessoa no cargo", disse ela a jornalistas no ano passado, em um momento  em que a Comissão Europeia debatia a implementação de quotas de mulheres nos  conselhos das empresas.


 

http://www.valor.com.br/empresas/3305874/de-embaixadora-do-luxo-eva...

Por Kathy Gordon | The Wall Street Journal


 

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como e importante ter um foco ,ser direto e conseguir inovar e construir uma venda de uma marca que só produzia casaco xadrez......como peça principal..............

Metas e visão, são é tudo que uma impress quer de um professional   dentro do contexto vendas.

e a empresa abrir as portas para o novo,vou abrir a minha primeira franquia, foi muito dificio, fiquei 2,5 anos com uma oja de varejo aberta para sentir o mercado, no a final, vi que o meu produto era pra vender blusinha barata de 10 reais, hoje na loja minhas peças são de 300r eais;;;;;;em media.......na época não com sutei niquem, hoje abri mão do novo, tenho um consultor mercadológico, com uma visão moderna. e eu atrasado, sem estudo sem foco. no meu mundinho. vendendo e pagando, sem crescer. ou estar em dia com as contas e dormir sem divida não e melhor...........?

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