Depois de estar novamente sob pressão, a empresa anunciou no Twitter que iria deixar de vender a t-shirt, mas não antes de explicar que a sua intenção nunca foi a de «tornar atractiva uma doença mental».
A peça da discórdia é uma t-shirt que deixa a barriga à mostra, com fundo branco e a palavra «depression» a preto e em tamanhos diferentes, porque Depression é o nome da marca que a desenhou.
Depression é uma pequena empresa de Singapura que lançou esta peça para comemorar o seu sétimo aniversário, segundo explicaram os seus criadores, surpresos por estarem envolvidos nesta confusão.
Kenny Lim e Andrew Low conheceram-se há 12 anos numa grande empresa de publicidade e, cinco anos depois, por causa da «depressão» que modificou o estilo de vida do casal, decidiram largar tudo e começar do zero a sua própria marca de roupa.
«Decidimos chamar a nossa pequena loja de Depression como uma lembrança que não devíamos ficar deprimidos. Se não gosta da maneira como vive, tem o poder de mudar», explicaram.
Os donos da Urban Outfitters argumentaram que só procuravam apoiar a pequena marca com a venda da t-shirt e em nenhum momento tentaram dar um toque moderno a uma doença.
Esta loja, que é como o paraíso dos «hipsters», já está acostumada a pedidos de desculpa públicos. Na sua lista de ofendidos estão os irlandeses, as mulheres com problemas de peso, as associações que lutam contra o alcoolismo, os judeus, e até o próprio presidente dos EUA.
Em 2010, a rede fez soar todos os alarmes ao vender uma t-shirt na qual estava escrito em letras bem grandes «Eat less», ou seja, «coma menos».
Aos irlandeses, as ofensas foram feitas através das t-shirts, bonés e chávenas com mensagens sobre bebida: «Beije-me, estou bêbado, sou irlandês, ou o que seja».
Em 2012, a loja revoltou uma das comunidades mais poderosas dos EUA, a judaica. A raiva veio depois de uma t-shirt estampada com uma estrela ter sido interpretada como similar à que os judeus foram marcados durante do Holocausto.
Noutras ocasiões, a loja despertou a ira não com uma peça de roupa, mas com uma colecção inteira. Como a dedicada ao estilo navajo, inspirada no artesanato indígena do sudoeste dos EUA.
Como se esse histórico não fosse o suficiente para afectar o crédito da rede «hipster», há também um erro de categoria presidencial: durante alguns dias no seu site uma das cores de uma camisa básica que o cliente podia encomendar era o «preto Obama».
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