Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Detentos do Presídio de Alfenas produzem ternos e paletós

Detentos do Presídio de Alfenas, no Sul de Minas, encontraram na alfaiataria um novo propósito de vida. Dentro do galpão de trabalho construído pelos próprios presos, mãos, como as de Juliano dos Santos, de 32 anos, que nunca antes tiveram contato com máquinas de costura, linhas e agulhas, agora realizam um trabalho delicado para produzir paletós e ternos que chegam a custar no mercado até R$ 900, de acordo com o modelo.

No início, Juliano treinou com papeis os desenhos pontilhados em linha reta e em zigue-zague, até que ganhasse confiança para costurar os tecidos conforme o croqui. A destreza e a habilidade do detento, que cumpre pena há um ano e cinco meses, chamaram a atenção dos gerentes de produção da Maia e Maia Confecções, empresa parceira que investiu cerca de R$ 300 mil para a montagem da confecção dentro da unidade prisional.

Depois de dois meses de trabalho, Juliano tornou-se o coordenador da equipe, que conta com 30 detentos. É com orgulho que ele mostra como funciona a linha de produção dos paletós, desde a chegada dos tecidos até a embalagem, quando a peça já está pronta para ser comercializada.

“Esta foi uma oportunidade única na minha vida. Através da costura, a gente agora tem um emprego fixo. Vamos sair daqui com uma profissão”, diz. O mérito do bom desempenho do detento deve-se também aos gerentes de produção da empresa, Anderson Teodoro e Paulo Romeiro Cintra, responsáveis pelo treinamento e pelo incentivo diário.

Para Teodoro a experiência de conduzir uma equipe de detentos foi desafiadora. Ele conta que no princípio muitas pessoas da empresa duvidavam do sucesso da iniciativa “Teve muita descriminação. Mas, apesar de tudo, decidimos apostar no projeto e deu certo. Depois de dois meses de treinamento já temos 450 peças prontas para a venda”, relata o gerente. Segundo o gerente Anderson, o aprendizado foi rápido, tanto que alguns detentos já conseguem montar as peças praticamente sozinhos.

Investimento

Um dos sócios da Maia e Maia Confecções, Rafael Ribeiro Maia, avalia o investimento realizado dentro da unidade prisional como positivo e satisfatório. Segundo o proprietário da marca, o custo de manutenção da confecção gira em torno de R$ 18 mil mensais, entre pagamento de funcionários, manutenção e compra de materiais. O investimento, de cerca de R$ 300 mil, valeu a pena. A empresa já demonstra interesse em ampliar a confecção, empregar mais presos e começar a costurar calças dentro do presídio.

FONTE: http://www.clicfolha.com.br/noticia/45039/detentos-do-presidio-de-a...

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Brilhante! Já lemos sobre a "LL' de Juiz de Fora. Exemplos ótimos! Seria tercerização? Os Sindicatos ligados à Cut, não podem saber sobre esses empreendimentos sensacionais.

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