Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Diagnóstico inédito sobre o mercado ilegal em SP é apresentado pela Fiesp-Vestuário

Com o objetivo de analisar os efeitos nocivos da criminalidade sobre a indústria paulista e o real impacto dos mercados ilícitos na renda, empregos, impostos e competitividade das empresas, o Departamento de Segurança da Fiesp (Deseg) desenvolveu o “Anuário 2016: Mercados Ilícitos Transnacionais em São Paulo”. O estudo inédito foi lançado no dia 16 de setembro, na sede da entidade, e contou com a presença do presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki, entre outros representantes de sindicatos, associações e empresários paulistas. “Ações integradas são fundamentais no combate à essa prática de comércio que traz imensos danos para a sociedade”, destacou Bonduki.

Alfredo Bonduki prestigia lançamento do estudo inédito - Crédito da imagem: Helcio Nagamine/Fiesp

Segundo o levantamento, o valor do mercado ilícito de vestuário é de R$ 616,05 milhões. Isso significa que R$ 174,03 milhões deixaram de ser gerados em renda para os trabalhadores por esse mercado e que poderiam gerar 11,9 mil empregos formais. Os R$ 193,7 milhões perdidos anualmente em impostos poderiam custear cerca de 10 mil agentes da Receita Federal ou 85 hospitais.

A análise considera nove setores da indústria paulista – alimentos, automóveis, brinquedos, eletrônicos, higiene e perfumaria, medicamentos, químicos, tabaco e vestuário – e revela que esse mercado ilegal movimentou R$ 13,26 bilhões em 2015. Com isso, deixaram de ser gerados 111.598 empregos formais e R$ 3,02 bilhões em renda (salários e lucro). A perda do governo federal em arrecadação chegou a R$ 2,81 bilhões – o suficiente para custear 1,5 mil escolas de ensino básico ou 1,2 mil hospitais ou montar uma nova corporação para a Polícia Rodoviária, do mesmo tamanho da atual.

Embora tenha, no ano passado, ficado praticamente estagnado em relação a 2014, quando movimentou R$ 13,24 bilhões, o mercado ilícito quase dobrou de tamanho desde 2010, ano em que girava R$ 6,71 bilhões.

“Até hoje não contávamos com um indicador que nos apontasse como e o quanto crescem os crimes e seus efeitos negativos na indústria. Agora temos”, explica Skaf. Ele afirma que a presença e o crescimento da economia criminal são problemas públicos gravíssimos. “Isso tem um impacto econômico absurdo que afeta diretamente o setor produtivo (indústria e comércio), com perdas de empregos e investimentos e, sobretudo, o cidadão, que corre um risco ainda maior de ser vítima de crimes que alimentam o Mercado Ilícito Internacional (MIT) em São Paulo.”

Autoridades e especialistas no assunto participaram do encontro e discutiram ações para coibir a prática desleal de comércio no Estado. “O contrabando é uma atividade criminosa que nos afeta. É necessário despertar a sociedade e o poder público para a importância desse tema”, reforça Edson Luiz Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP). “Caminhos transversos não trazem benefícios para ninguém”, apontou Fausto Martin de Sanctis, desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Everardo Maciel, ex-secretário da Receita Federal, ressaltou que a falta de vigilância nas fronteiras faz com que o Brasil seja habilitado para esse tipo de comércio. “É um fenômeno universal, oportunista, atemporal e associado a outros crimes”, enfatizou.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mercados ilícitos transnacionais são caracterizados pela oferta compartilhada, em escala regional ou internacional, de drogas, armas, produtos roubados, furtados, contrabandeados, de contrafação ou pirateados, que atentem a demanda interna ou externa do país destinatário, formando uma economia criminal transnacional. 

http://www.sinditextilsp.org.br/noticias/diagnostico-inedito-sobre-...

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é so prender os fiscais desonestos da aduana, prender quem vende roupa falsificada na 25 de março, que evitaria boa parte deste problema, porem a policia recebe o seu, o fiscal recebe o seu, a policia federal tambem recebe o seu, o fiscal do estado recebe o seu, entao fica tudo certo este é o novo modelo de distribuição de renda

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