Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Tereza Santos: momento da moda mineira pode ser marcado por dois grandes momentos, o Grupo Mineiro de Moda, nos anos 80, e o Minas Trend, agora
Diálogo de passarela A moda mineira teve seu auge nos anos 80, quando jovens estilistas como Tereza Santos, Mabel Magalhães, Reinaldo Loureiro, Claudia Mourão e vários outros resolveram se unir para mostrar ao país tudo o que estavam produzindo. Faziam desfiles juntos e eram vistos como transgressores - principalmente depois de organizar uma passarela em frente a uma igreja em Ouro Preto, algo nada habitual para a época. Com o passar dos anos, cada um foi tocar sua marca de um lado e esse Grupo Mineiro de Moda, como eles se chamavam, se desfez. Agora, a união da moda da terra do pão de queijo volta a acontecer - não mais por iniciativa da classe, mas por um empenho do governo estadual. Há três anos, por uma iniciativa do então governador Aécio Neves, a Fiemg passou a organizar o Minas Trend Preview com objetivo de promover o encontro do setor têxtil e gerar negócios. "O Minas Trend marca, sem dúvida, o segundo momento mais importante da moda mineira. Aqui estamos reestabelecendo o diálogo da classe. Antes, cada um ficava isolado no seu lugar. Aqui o talento é colocado em xeque", conta a estilista Tereza Santos. Ela, que fundou a grife Patachou, hoje se dedica a projetos de educação de moda e consultoria. Faz parte da curadoria que escolhe novas marcas para participar dos desfiles e da feira de negócios do Minas Trend. E encabeça o Instituto MAR (sigla para "mercado, ação e resultado"), que quer profissionalizar o setor de moda. (Rebeca de Moraes, de BH)

Diálogo pós-colonial A oitava edição do Minas Trend Preview terminou no sábado com a visita da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothéa Werneck. "A moda feminina é o nosso grande forte e ela tem que aparecer para recolocar Minas no cenário da moda brasileira e mundial", disse. Dorothéa contou que há meses atrás digitou "Minas Gerais" no You Tube e encontrou belíssimos vídeos com referência ao pão de queijo, à cachaça, ao gado e à natureza do Estado. "Isso é Minas Gerais do século XIX! Cadê a Minas do século XXI? A moda dá a oportunidade de colocar a gente na pauta do que acontece no Brasil e no mundo, de mostrar a capacidade de inovar por meio do design." Para isso, conta ela, o principal desafio é criar empregos com qualidade para o setor. O designer de bolsas e acessórios Rogério Lima, que desfilou e participou do salão de negócios, acaba de assumir a presidência do Sindibolsas, o Sindicato das Indústrias de Bolsas do Estado de Minas Gerais, com o principal objetivo de captar ajuda do governo para a elaboração de novos cursos para produção e confecção de bolsas. "Ainda não temos mão de obra qualificada suficiente para atender o setor", conta Lima.

 Fonte:|valoronline.com.br|

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