Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI


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Por Luiza Freitas
Estilista, Administradora e Consultora da Fashion Office


Um tópico que às vezes pode trazer muita dor de cabeça para o estilista é o mix da coleção. Esquecer de incluir ou carregar demais em um determinado modelo pode determinar o desempenho insatisfatório na temporada. Veja abaixo algumas dicas para não correr esse risco:

1. Analise o ano anterior
Resgate as informações da temporada do ano anterior para ver em qual categoria, faixa de preço e grade sua confecção teve o melhor desempenho de vendas. Faltou vestido básico de malha? Ofereça uma nova releitura e se prepare para produzir mais. Sobrou colete jeans? Veja se é necessário manter esse produto na coleção, caso contrário, substitua por uma nova tendência.

2. Equilibre as categorias
O recomendado é que a coleção esteja equilibrada da seguinte forma:

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Se a sua marca está posicionada como exclusivamente básica ou exclusivamente fashion, mantenha o seu foco, mas procure dar uma pitada de itens que não estejam nessas categorias. Pode ser que você descubra que tem muito potencial de venda em um produto diferenciado.

3. Equilibre as faixas de preço
Aqui não tem receita de bolo, você precisa estar certo da faixa de preço mais vendida por categoria e desenvolver a coleção voltada para isso. Por exemplo: se a linha de camisetas teve na coleção passada 50% da venda no P2, não adianta criar uma coleção muito focada em P3. Converse com seus representantes ou lojistas, fique atento às notícias, observe o comportamento do mercado. Se você acredita que as vendas seguirão a mesma tendência da coleção passada, invista no que deu certo.

4. Agregar valor não é apenas subir o preço
Todos nós sabemos que este ano promete ser mais tenso, as contas estão subindo e a insegurança é grande. Se você quer oferecer produtos que te deem uma margem maior, não adianta apenas subir o preço, é preciso inovar. Trabalhe a modelagem da peça para que vista melhor ou invista em um tecido com toque mais agradável e durabilidade maior. Esses são apenas alguns exemplos do que você pode fazer para oferecer um produto diferenciado ao seu cliente que justifique o preço. Outra opção é negociar com os fornecedores, procure aqueles que são mais parceiros e descubra como obter um melhor preço na matéria-prima. Lembre-se: a melhor parceria é a ganha-ganha, estamos todos no mesmo barco do mercado.

5. Não é porque é tendência que vende
Esse é um tema muito polêmico, mas é importante destacar. Se está aparecendo em todas as passarelas a calça pantalona de cintura alta, não significa que ela venderá bem no Brasil ou na sua região de atuação. O segredo aqui é conhecer bem o seu público-alvo para saber se ele consumiria essa tendência com a mesma força que apareceu nas passarelas. É feeling, mas ao mesmo tempo não é: precisa-se de muito estudo e contato com seus representantes e lojistas para não errar a mira.

6. Anotou todas as dicas, mas ainda está com dúvidas?
Procure ajuda! Atualmente existem diversas empresas de consultoria ou prestadores de serviços que podem despender algumas horas na sua empresa para planejar a sua coleção. Depois do pontapé inicial não tem mistério: é só dar sequência no modelo já criado adaptando às mudanças do mercado - pois a gente sabe que se tem uma coisa que nunca muda, é a mudança.

Você tem mais alguma dica? Compartilhe com a gente!

Por Luiza Freitas
Estilista, Administradora e Consultora da Fashion Office

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