Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Wanilton Reis espera que o estudo ajude na busca de soluções para a crise.

A crise no setor têxtil e de confecções, que foi tema de reportagens da Tribuna de Petrópolis no início deste mês, fez o Sindicato dos Têxteis recorrer a auxílio técnico: uma parceria com o Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, vai permitir um mapeamento de tudo o que, de fato, vem sendo produzido na cidade. Os dados podem contribuir na busca de soluções para recuperação do setor, que vem sofrendo com problemas como a importação de produtos chineses.
O presidente do sindicato, Wanilton Reis, diz que o estudo vai ajudar no entendimento da crise na cidade. Os técnicos vão levantar dados sobre a produção de matéria-prima e também de peças nas confecções. “Estamos enfrentando uma grande crise, mas estamos produzindo, e isso é algo que ainda nos mantém firmes. O mercado está muito instável e por conta disso, estamos com uma parceria com Dieese já para os próximos meses. Basicamente será feito um mapeamento do que está sendo produzido na cidade. São as matérias primas como os tecidos crus, planos e principalmente o que está entrando de roupas prontas. Nós estamos cientes quanto à questão da importação da China, mas é algo que não se dá para fiscalizar. O que queremos é fazer com que o empresário volte a produzir aqui”, informou Wanilton Reis.
A parceria com o Dieese é apenas uma entre dezenas de ações que estão sendo planejadas para manter o setor em alta. Wanilton lembra que na próxima terça-feira, dia 28, será realizada a primeira assembleia para apresentação das pautas de 2012 e 2013 do Sindicato dos Têxteis. O ponto principal da pauta da reunião é definir a proposta de reajuste salarial, que deverá entrar em vigor na data base da classe, em maio deste ano. Em 2011 o reajuste de todos os trabalhadores foi de 6,3% em ganho acumulado. Nesta reunião, estuda-se a possibilidade de aumento no ganho real, reajuste salarial e mais benefícios para toda a categoria. Em média, um funcionário da produção ganha de R$ 659,12 a R$ 3 mil e os funcionários da gerência ganham a partir de R$ 3 mil.
Ainda de acordo com o presidente do Sindicato dos Têxteis, o número de demissões no setor não foi tão expressivo como aconteceu com os trabalhadores em confecções. E mesmo com a crise está havendo investimentos na área por parte dos patrões. “Nós temos grandes fábricas na cidade, mas em poucas aconteceram demissões. Mas o que estamos observando é que os patrões estão investindo, e muito, na ampliação das fábricas, tanto no espaço físico, quanto nos maquinários. Falta apenas o investimento nos trabalhadores e é justamente isso que queremos com a assembleia”, explicou Wanilton Reis. Ainda não há previsão para ofertas de emprego na área, mas Wanilton Reis acredita que no segundo trimestre a situação se normalize. “Nos tranquiliza o fato de não estar havendo um número elevado de demissões. Infelizmente o mercado está muito instável ainda para se oferecer novas vagas, mas estamos otimistas para os próximos meses.
Todos os trabalhadores da cadeia têxtil podem participar da assembleia que acontece na próxima terça-feira, dia 28, em dois horários, às 12h e às 17h, na sede do Sindicato dos Têxteis. “Nós vamos fazer em dois turnos justamente para ter um número maior de participantes. E assim, definirmos com calma quais serão as reivindicações que estarão na pasta deste e do próximo ano”, finaliza.
SUELLEN DE OLIVEIRA
Redação Tribuna
Fonte:|http://tribunadepetropolis.imprensa.ws/2012/index.php?option=com_co...

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