Dior aposta em resort urbano e funcional

: Waleska Gorczevski, Daiane Conterato, Hadassa Lima, Dani Witt e Larissa Marchiori, as brasileiras da Dior

Raf Simons não cede às pressões e apelos de público ao clássico. O estilista continua revolucionando o DNA da Dior, apostando em um estética mais atual, urbana e moderna, sem perder a sofisticação exigida pela clientela de alta-costura consumidora da marca. Aqui a proposta é misturar a pompa da “mulher Dior”, com o Brooklyn e a personalidade do estilista, claro. O resultado é uma coleção mais despojada, sem desleixos, mas com uma pegada mais fluida e com menos minimal estruturado, pelo qual identificamos Raf em sua iniciação na casa.

Fugindo dos clichês de resort, Simons aposta em uma coleção sóbria, mesmo que com um extenso leque de cores. Aqui o preto minimalista divide espaço com uma cartela de estampas variada e cores fortes como amarelo, laranja e vermelho. O streetweart vem direcionado à nova cliente da marca, a alta sociedade americana, que exige mais praticidade e menos extravagância. Um exemplo claro desse novo investimento, é a sequência desejável de trench coats e até mesmo blazer curtinhos.

Mas Raf é democrático. Em 66 composições, atendeu à todas as necessidades, desde um visual mais executivo, até vestidos coloridos e despretensiosos, passando por momentos mais sofisticados, com longos vestidos. O destaque fica na cintura alta, presente em quase todos os looks, seja em saias ou vestidos com a silhueta marcada. Neste longo festival de referências, ainda há espaço para o gráfico, em padronagens levemente genéricas e o geométrico, que vem em fendas fluidas ou recorte mais rígidos.