Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Antes dos 18 anos criou a sua primeira coleção, aos 19 estreou-se na Semana de Moda de Paris e hoje, aos 23, Pedro Lourenço já ganhou fama, dentro e fora do Brasil. A sua nova coleção é um tributo à cantora e atriz luso-brasileira Carmen Miranda, numa simbiose entre tradição e modernidade.   

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Do Brasil para o mundo


No final do ano passado, a revista Forbes incluiu o designer brasileiro na sua lista anual dos 30 jovens com menos de 30 anos que se destacam pelo talento em áreas como a moda, educação, música, ciência e saúde, desporto ou tecnologiaLado a lado com Alexander Wang, diretor criativo da Balenciaga, e as gêmeas Ashley e Mary-Kate Olsen, fundadoras da marca The Row, Pedro Lourenço aparece como «um nome muito falado entre os 'insiders' da moda"». A revista refere que nasceu «numa família da moda» – é filho dos estilistas Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho – e por isso está «mais do que familiarizado com o funcionamento interno comercial do sector».

«Para mim, trabalhar é como respirar», afirmou durante a recente Semana de Moda de São Paulo. Pedro Lourenço já desfilou nesta passarela, a mais importante da América Latina, mas foi a primeira vez que o fez com sua coleção própria, inspirada na luso-brasileira Carmen Miranda, um ícone do cinema e da música da primeira metade do século XX.

Referências a abacaxis e borboletas, nada literais, e uma combinação de técnicas como bordado à mão e cortes a laser conferiram às peças um ar de modernidade e tradição que, segundo o designer, é o que lhe interessa explorar. «Temos que fazer coisas para a época em que vivemos», defendeu no backstage do desfile. «Gosto de fazer uma síntese. Colocar tudo num liquidificador, misturar e conseguir algo novo», apontou.

É jovem, bonito e com fama de difícil. Não deixou ser fotografado ou filmado durante o desfile e recebeu a imprensa depois para falar somente da coleção. «Menino mimado», disse sobre ele há alguns anos a célebre consultora de moda Gloria Kalil.

Pedro Lourenço utilizou tecidos de crepe, tule, gaze, organza, couro, lã e lamê, fabricados em Itália, Suíça e Brasil, para os looks de sua nova coleção. As saias e vestidos têm um aspeto degradê na bainha, com milhares de cristais bordados à mão, enquanto as calças, de cintura muito subida, acentuam o comprimento das pernas e marcam as curvas.

As peças dão ao corpo um efeito de nudez, um ar sensual com o qual afirma identificar-se. «Gosto de homenagear o Brasil e gosto muito da sensualidade da mulher brasileira», justificou.

O seu centro de operações está em São Paulo, mas o seu nome já ultrapassou fronteiras e a próxima meta é assentar bases na Europa. É um dos poucos criadores de moda brasileiros, a par do já consagrado Gustavo Lins, com notoriedade fora do país. «Instalar-me aqui é realmente uma das ideias que tenho em mente, na qual quero focar as minhas energias no próximo ano», revelou durante a última Semana de Moda em Paris. «Sou globalizado», resumiu o jovem que começou a criar aos 12 anos e completou sua formação trabalhando com Giambattista Valli na capital francesa.
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